‘Prioridade agora é emprego e renda’, diz Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a agenda de reformas do governo está mantida ‘mudando um pouco a ordem de prioridades’

  • Por Jovem Pan
  • 25/06/2020 20h47 - Atualizado em 25/06/2020 20h53
WAGNER PIRES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro cobra medidas de austeridade para liberar rodada do auxílio

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (25), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a prioridade do governo é a geração e manutenção de emprego e renda. Respondendo aos comentaristas do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, Guedes afirmou que a agenda de reformas do governo está mantida.

“Tivemos que desviar as reformas estruturantes para as medidas emergenciais, e vamos voltar para agenda de reformas. Vamos destravar os investimentos do Brasil, acabamos mudando um pouco a ordem de prioridades”, disse. Guedes também falou sobre a inclusão dos “38 milhões de brasileiros invisíveis” em programas de ascensão social, como o Verde e Amarelo, que prevê a criação de empregos.

“Nós achamos 38 milhões de brasileiros invisíveis que nunca pediram nada pro Estado. Vamos criar uma rampa de ascensão social. Uma legislação para acabar com desemprego em massa, abrir novos investimentos e, depois, vamos fazer a reforma tributária”. Durante a live, Bolsonaro anunciou que o governo deve prorrogar o auxílio emergencial em mais três parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

Ainda segundo Guedes, o programa de crédito para micro e pequenas empresas enfrentou algumas dificuldades em sua implementação. Empresários relataram dificuldades na obtenção das linhas de crédito fornecidas pelo governo. “Temos que ser sinceros, nosso programa de crédito teve um desempenho insatisfatório em um primeiro momento. Agora, às vezes, é assim, o vento toca a bola e outro time faz gol”, relatou.

Produto Interno Bruto

Sobre a queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, Guedes afirmou que é “a economia é um organismo vivo e que existem momentos em que há rupturas em todos os parâmetros”. “Eu não acredito nas previsões feitas. Ninguém sabe a resposta. A previsão do FMI é -9%, eu acho que vão errar e será menos que isso”, disse.

Salário dos servidores públicos

Sobre a manutenção dos salários dos servidores públicos, Guedes avalia que a “opinião pública acha natural que o setor dê uma contribuição” neste momento de crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

“A opinião pública tem pedido mais. Será que o Supremo não está errado em manter os salários? Tinha gente até pedindo aumento. Mas falei: Peraí, vamos dar as medalhas depois da guerra. Vamos manter os salários [dos servidores públicos] por dois anos”, finalizou.

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