‘PSDB está parecido com o PT’, diz Augusto Nunes

Para o comentarista de Os Pingos nos Is, partido deveria se preocupar com os crimes dos quais Aécio Neves é acusado, e não com seu alinhamento ao governo federal

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2021 19h52 - Atualizado em 10/02/2021 20h20
Youtube/Os Pingos nos Is Augusto Nunes: homem branco, com cabelos brancos, de camisa e paletó preto Comentarista do programa Os Pingos nos Is, Augusto Nunes

As declarações do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foram tema do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 10. Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou que, caso o parlamentar mineiro não passe a se opor ao governo do presidente Jair Bolsonaro, ele deve pedir para sair da sigla. Para Augusto Nunes, ao não condenar os crimes cometidos pelo ex-senador, “o PSDB vai ficando parecido com o PT”.

“O problema, para o governador João Doria, é a suposta tendência bolsonarista do Aécio Neves. E só. Se o Aécio disser que é contra o Bolsonaro, continua no partido. Se for cabo eleitoral do presidente, sai. Não tem importância a questão ética ou os crimes que ele é acusado? O governador Doria não tem nada a dizer sobre isso? Depende da posição em relação às eleições de 2022? Não é uma questão moral? É por isso que o PSDB vai ficando parecido com o PT”, disse o comentarista da Jovem Pan.

Augusto Nunes também afirmou que Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, é “um meliante”, e lamentou o fato de a Executiva Nacional do partido ter sido contra o seu afastamento em 2019. “Eu votei no Aécio, mas, quando ouvi o áudio de sua conversa com Joesley Batista, interrompi minhas férias para dizer que fui enganado por um farsante. Ao contrário dos petistas, não faço parte de rebanho. Reconheci um meliante, que é o que ele é. O PSDB deve se livrar de Aécio para que não se repita o caso do governador Eduardo Azeredo [condenado a mais de 20 anos em segunda instância pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no caso do mensalão tucano]. O PSDB deixou o caso de Aécio para lá. Deu no que deu: ficou marcado como um partido que não tem autoridade para criticar casos de corrupção”, afirmou.

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