‘Se possível, eu e Guedes acabaríamos com todas as estatais’, diz Salim Mattar

Secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento afirmou que Bolsonaro não autorizou a venda da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobrás

  • Por Jovem Pan
  • 07/08/2020 20h05
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Jovem Pan Salim Mattar é fundador da Localiza

“Se possível, eu e o [Paulo] Guedes acabaríamos com todas as estatais. Mas temos orientação do presidente Jair Bolsonaro que a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobrás não serão vendidos”, afirmou o secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 7. Após rumores que teria brigado com o ministro das Comunicações, Fabio Faria, sobre a privatização dos Correios, Salim disse que “não passa de fofocas” e que eles “estão muito alinhados”, inclusive também para a desestatização da EBC e da Eletrobrás. “Não para esse momento, mas estamos alinhados”, disse.

Segundo o empresário, a pauta conservadora de Bolsonaro e o liberalismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, foram uma junção muito boa. Ele também criticou a quantidade de estatais no Brasil — 698, mais do que ele imaginava — e disse que o funcionalismo precisa diminuir. “No Reino Unido, o funcionalismo público custa 9,5% do PIB, nos EUA 10%, e no Brasil 13%. É uma ineficiência comparativa em relação aos outros países. Poderíamos triplicar o valor e o número de pessoas no Bolsa Família. É normal que os funcionários das estatais, os sindicatos, sejam contra, mas a sociedade deseja que algumas estatais sejam rapidamente privatizadas”, afirmou. O secretário estimou que, depois da pandemia da Covid-19, vai conseguir vender a Eletrobrás, o que reduziria cerca de 300 ativos.

Salim criticou o Correios, chamando a empresa de “berço do mensalão”. “O número de corrupções é tamanho que é a única estatal que tem um convênio com a Polícia Federal”, disse. Para ele, o Correios está se transformando em uma estatal “inviável” e a existência da “empresa viola a Constituição”. “Onde que entregar um pacote, que é a grande receita do Correios, é interesse coletivo? Ainda mais com o número de reclamações que recebe”, finalizou.

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