Sindicato dos delegados de SP diz que governo pratica tortura psicológica ao investigar agentes que não se vacinaram

Presidente do Sindpesp afirma que obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 fere as liberdades individuais

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2022 19h38
Reprodução/Policia Militar do Distrito Federal Dois policiais militares olhando para os carros na rua Governo de SP investiga 1500 policiais que não se vacinaram

A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, afirmou nesta segunda-feira, 14, que o governo estadual age com truculência e pratica tortura psicológica ao investigar agentes que não se vacinaram contra a Covid-19. Em vídeo enviado ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, a delegada afirmou que a entidade é a favor da vacinação, mas disse que a obrigatoriedade da imunização fere as liberdades individuais. “Eu gostaria de frisar que o Sindicato dos Delegados é a favor da vacina, tanto que foi a primeira entidade de classe do Brasil a conseguir na Justiça uma liminar para comprar o imunizante e aplicar não só em seus sindicalizados como em seus familiares. A obrigatoriedade da imunização sob pena de perseguição política fere as liberdades individuais e a própria democracia”, ressaltou Lombardi. 

Uma reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta segunda revelou que 1500 policiais civis e militares de São Paulo são investigados pelas corregedorias por não comprovarem que tomaram todas as doses. A apuração atende a decreto publicado pela gestão de João Doria (PSDB) no início deste ano.”O governo pratica tortura psicológica contra seus próprios agentes da lei, que são coagidos a tomar a vacina sob o risco de perder seus empregos. A vacinação é uma decisão que deve partir de cada cidadão, e não pode servir como justificativa para terrorismo, ameaça e manipulação política”, concluiu a presidente do Sindpesp.

 

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