Pacientes reclamam da falta de remédios de alto custo fornecidos pelo governo

  • Por Jovem Pan
  • 29/02/2016 12h54
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 A falta de remédios de alto custo na rede pública de saúde coloca em risco a vida de pacientes e gera impacto nas finanças governamentais. Somente em 2015, o Estado de São Paulo gastou R$ 404 milhões para cumprir medidas judiciais. Desse total, R$ 324 milhões foram aplicados na compra de remédios e o resto para adquirir materiais de higiene, próteses e dietas especiais.

A auxiliar administrativa Roseli Rodrigues foi diagnosticada com hepatite C e cirrose, doenças descobertas em estado já avançado, e ela depende de medicamentos de alto custo que podem custar R$ 300 mil em apenas 30 dias de tratamento. O problema é que, desde novembro do ano passado, Roseli não recebe esses remédios na farmácia de alto custo do Estado de São Paulo: “Eu estou desde novembro na fila. Eles alegam que não tem medicamento, pedem para eu ligar de 15 em 15 dias. Meu estado é crônico, mas a farmácia de alto custo alega que o governo não está comprando medicamento para ninguém, que não tem verba para isso”.

Vacinas que previnem hepatite, sarampo, rubéola, catapora, coqueluche e outras doenças também estão em falta. O paciente de esclerose e voluntário na Amigos Múltiplos pela Esclerose, Marco Torrontéguy, também não encontra os remédios de que precisa: “Desde dezembro e janeiro a gente percebeu que em pelo menos 8 estados as pessoas falam que estão faltando medicamentos”.

Em nota, o Ministério da Saúde nega falta de medicamentos para hepatite C e cirrose e atribui o drama de Roseli Rodrigues a problemas na distribuição. Segundo a Pasta, os repasses para a compra de remédios para tratamento da esclerose estão normais e a falta de vacinas ocorre até no mercado externo.

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