Padilha evita falar de situação de Geddel: “cabe ao presidente se manifestar”
Alvo de investigação no Conselho de Ética da Presidência, o ministro da Secretaria Geral, Geddel Vieira Lima, teria seu destino traçado apenas pelo presidente Michel Temer. A afirmação é do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que evitou dar sua avaliação sobre o assunto.
“A condição de avaliar e demitir ou não cabe ao presidente Michel Temer. Qualquer comentário meu como ministro do Estado não contribui. Eu, neste caso, tenho que observar o que diz o presidente e, na medida do possível, reverberar o que ele tenha dito. O presidente tem que se manifestar”, disse o ministro em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. “Sinto-me impossibilitado de emitir qualquer juízo de valor”, completou.
Nesta semana, mesmo constrangidos, líderes governistas da Câmara assinaram manifesto em apoio ao coordenador político do Governo, o ministro da Secretaria Geral, Geddel Vieira Lima.
Reforma da Previdência e PEC do teto
Ao que tudo indica, a PEC que limita os gastos públicos em 20 anos, deve ser aprovada ainda este ano. Para Padilha, ambas as medidas devem ser levadas em conjunto. “É um corpo com duas partes indissociáveis”, disse.
Questionado se não seria melhor para a sociedade uma postergação da apresentação da reforma previdenciária para o ano que vem – para que seja discutida sem pressa -, Padilha disse que cabe a Temer decidir.
“É meta do presidente Temer ter a reforma da Previdência aprovada no primeiro semestre do ano que vem. Ter-se-á que trabalhar bastante. Para que isso seja viável, deverá com Congresso, por sua iniciativa própria, fazer a auto-convocação”, ponderou o ministro sobre a eventualidade do recesso parlamentar. “O Congresso vai trabalhar de novo na eleição de prioridades para o cidadão brasileiro”.
Sobre o texto da reforma da Previdência, Eliseu Padilha disse que não está totalmente fechado, já que o Governo pretende conversar com setores da sociedade, centrais sindicais e entidades para debate.
Confira a entrevista completa:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.