Paes critica segurança no RJ e ministro da Defesa reage: “nos trouxe perplexidade”

Raul Jungmann disse que o Rio se encontra em uma "delicada situação"

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse em entrevista à rede norte-americana CNN, que o Governo do Estado está fazendo um “trabalho terrível” na segurança. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse ter recebido a afirmação do prefeito do RJ com “perplexidade”.

“Essa é uma frase que nos trouxe perplexidade, não vou negar. Conversamos a esse respeito, entendemos a preocupação. Na minha primeira entrevista, quando dei entrevista, disse sobre a situação que vive o Rio de Janeiro”, afirmou o ministro.

Jungmann confirmou que há a preocupação com a segurança no Estado, já que falta um mês para o início dos Jogos Olímpicos, mas que ainda há “muita falação”.

Nesta quarta-feira (06), o ministro deve conceder entrevista coletiva no Rio de Janeiro ao lado do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, “para em conjunto mostrar em detalhe” o que está sendo feito.

O ministro da Defesa assegurou que o Estado terá reforço na segurança durantea realização dos Jogos “a quem vier de fora e a quem estiver no Rio”.

“Teremos 23 mil homens disponíveis”, ressaltou Jungmann ao declarar que estações ferroviárias, principais avenidas, infraestruturas físicas e aeroportuárias contarão com esquema de segurança especial. “A partir do dia 24 acionaremos todas as tropas e efetivos nas ruas (…) Queria dizer que, da nossa parte, todos os encargos da Defesa serão integralmente cumpridos”, pontuou.

Declaração de Eduardo Paes e crise na segurança

Além da declaração dada à CNN, Paes, no final de semana, já tinha disparado críticas após o roubo de um contêiner com equipamentos de TV de uma emissora alemã.

“Durante os Jogos Olímpicos, a Força de Segurança Nacional, o Exército, a Marinha estarão aqui. A questão da segurança não é responsabilidade da Prefeitura, mas do governo do Estado e acho que estão fazendo um trabalho terrível na segurança. Antes e depois dos Jogos, felizmente eles não serão o único responsável pela segurança durante os Jogos”, desabafou em entrevista.

Além do prefeito, policiais civis, militares e bombeiros voltaram a protestar nesta segunda-feira (04) no Rio de Janeiro contra o atraso nos salários e por melhores condições de trabalho.

Fronteiras

Raul Jungmann criticou a herança do Governo Dilma no que diz respeito ao trabalho de defesa das fronteiras. “No que diz respeito aos recursos, o Governo Dilma nos deixou em crise econômica”, disse.

A pasta sofreu um grande corte e pasosu de R$ 11 bilhões para R$ 6,7 bilhões. “Nós conseguimos, com a sensibilidade do Ministério do Planejamento e da Casa Civil, trazer de volta R$ 10 bilhões. isso quer dizer o mínimo para que continue a capacidade operacional”, ponderou.