Pai é quem cria? A Justiça responde
Pai é quem cria? Nos dias de hoje a realidade é bem menos pragmática e por isso mesmo os conceitos de família também. Assim, uma pessoa pode ter o pai que cria, o pai biológico ou, até, os dois pais.
E a justiça vem reconhecendo o que já é uma realidade em muitas famílias. Em Marília, no Interior de São Paulo, uma decisão do poder judiciário mostrou mais um passo no sentido de aproximar o Estado da vida real:
A história é a seguinte: a Luciana e João tiveram um filho chamado Rafael, mas, eles se separaram quando a Luciana ainda estava grávida. Logo depois, a Luciana começou a namorar o Marcelo e ele decidiu registrar o Rafael como filho.
O João seguiu convivendo com a família, mas, sem revelar que era o pai biológico do Rafael. Só quando o Rafael se tornou adolescente é que a situação foi explicada.
Como ele tinha uma boa convivência com os dois pais, ele decidiu então que esta era a família dele. A Defensora Pública do Estado de São Paulo, Eloisa Maximiano Goto foi quem conseguiu traduzir esta vontade do Rafael. Ouça AQUI.
Desde o ano passado, o Supremo Tribunal Federal ampliou os vínculos parentais equiparando as paternidades biológica e socioafetiva e, com isso, reconhecendo a multiparentalidade.
A decisão entrou na pauta da corte na primeira semana em que a ministra carmem lucia presidia a corte e foi de repercussão geral, o que siginifica que ela acaba refletindo também para as instâncias inferiores.
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