Pais consideram tirar filhos de escolas particulares por causa da crise

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2015 13h15
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EFE Escola vazia

 Cerca de 15% dos pais da nova classe média querem levar os filhos  para a rede pública de ensino devido à crise econômica no Brasil. O desemprego, a inflação e a perspectiva de aumento nas mensalidades forçam muitas famílias a transferir as crianças para colégios do Estado. Neste ano, os índices de inadimplência praticamente dobraram nas escolas particulares em relação a 2014.

O consultor financeiro em educação, Allan Castro Barbosa, relata que ninguém escapa do cenário de crise econômica: “A população da nova classe média, que teve um crescimento do seu poder aquisitivo nos últimos anos, hoje enfrenta um problema grave que é a perda do poder econômico. Esse público está começando a repensar sobre ter os filhos em escolas particulares ou colocá-los em escolas mais baratas”.

Estima-se que 2016 será o primeiro ano em que a rede particular de ensino vai perder alunos para escolas municipais e estaduais. O especialista em Defesa do Consumidor da Jovem Pan, Arthur Rollo, reitera a importância da renegociação da dívida: “O único momento em que pode haver uma restrição ao aluno é no momento da matrícula. Os pais que estiverem inadimplentes com as escolas de seus filhos devem renegociar essa dívida, de forma que eles consigam pagar, para não ter problemas no ano seguinte. Se não renegociarem a dívida, não conseguirão fazer a matrícula do filho”. Arthur Rollo destaca que os alunos não podem sofrer nenhum prejuízo pedagógico se os pais atrasarem os pagamentos. O pai é obrigado a pagar a matrícula e mais 12 parcelas referentes à anuidade de 2016, com direito a 10% de desconto para as quitações à vista.

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