“Países em desenvolvimento querem cobrar a conta do clima dos países ricos” diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2015 11h55
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EFE/EPA/IAN LANGSDON Vista da sala de conferências onde ocorrerá a COP21

 A COP-21 começa para valer com a meta de diminuir emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a dois graus centígrados até 2100. É o que buscam os representantes de 196 países reunidos em Paris até o dia 11 de dezembro na Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas. Por trás da tentativa de encontrar metas para minimizar o aquecimento global, existe a disputa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Em entrevista a Helen Braun, o secretário executivo do observatório do clima, Carlos Rittl, explica como se dá essa competição: “Esse é o ponto chave sim, os desenvolvidos querem quebrar de uma vez essa divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e os países em desenvolvimento brigam para se proteger de compromissos mais fortes, querendo cobrar a conta do clima dos países mais ricos”.

O Brasil apresenta a meta de reduzir as emissões de gases em 43% até 2030, previsão criticada por muitos ambientalistas. Apesar disso, o país chega melhor a Paris do que outras nações dos BRICS como China, Índia e Rússia, que ainda não têm objetivos precisos.

Responsável por um terço das emissões brasileiras, o desmatamento ilegal é um dos pontos que mais preocupam os ambientalistas. A secretária do meio ambiente do Estado de São Paulo, Patricia Iglesias Lemos, lembra que há outras fontes de gases presentes no dia a dia: “No setor de transporte tem muitas emissões, por conta do combustível que é utilizado, na parte de energia, a gente precisa mudar essa matriz energética, no caso dos estabelecimentos comerciais existe a questão da refrigeração que também emite bastante, então houve um compromisso de redução de emissões”.

No domingo (29/11), em Paris, forças de segurança usaram gás lacrimogêneo contra centenas de manifestantes na véspera da reunião mundial sobre o clima. Os policiais franceses prenderam cerca de 100 pessoas que se reuniram perto da Praça da República, convocados por pequenos grupos “AntiCop21”. Na noite de domingo, o presidente Barack Obama participou de homenagem às vítimas dos ataques terroristas em Paris. O presidente americano foi ao Bataclan junto do colega francês, François Hollande, e da prefeita da capital, Anne Hidalgo.

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