Advogada de Bolsonaro diz que redes sociais censuram políticos da direita: ‘Como ir para a campanha de forma desigual?’

Em entrevista ao Pânico, Karina Kufa falou sobre as manifestações do final de semana e a relação do presidente com o Judiciário

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2022 16h11
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Reprodução/Pânico Karina Kufa no estúdio do programa Pânico Karina Kufa foi a convidada do programa Pânico desta segunda-feira, 2

Nesta segunda-feira, 2, o programa Pânico recebeu Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista, ela comentou sobre a adesão do público às manifestações do dia 1º de maio. “Quando trouxeram aqueles inquéritos das manifestações antidemocráticas, que de antidemocráticas não têm nada, na prática, a sociedade ficou com medo de ir às ruas. Nós vimos alguns militantes serem presos: Sarah Winter, Daniel Ativista. Não vão fazer mal a ninguém. O Judiciário levou aquilo a sério demais, as pessoas recuaram e pararam de ir às ruas. Agora estão retomando”, disse. Karina enxerga a tarde do último domingo como uma reação às normas e diretrizes impostas por redes sociais que, segundo ela, configuram-se em censura. “Sou contra qualquer tipo de censura. O que as plataformas estão fazendo através de algoritmos é justamente isso: proibir que as pessoas falem certos assuntos ou simplesmente boicotar, a ponto de não conseguir marcar a Bia Kicis. Como ir para a campanha de uma forma desigual? Todos os candidatos têm que ter os mesmos direitos. Ou dá para todo mundo ou acaba para todo mundo.”

Kufa também opinou sobre o equilíbrio entre os Três Poderes e a corrupção. Segundo ela, o Brasil passa por um momento disruptivo. “Eles falam que estão em guerra os Poderes. Cada Poder tem que entender o seu limite. Não é o Bolsonaro, a gente vê o Legislativo prevaricando, quando deveria tomar algumas iniciativas, se posicionar. A gente vê o Judiciário passando dos limites e não é de hoje não. Sou advogada há 20 anos e eu venho acompanhando isso, em todas as instâncias, ele [Judiciário] vem extrapolando há muito tempo”, afirmou. “Precisa ter essa mexida, toda disruptura não é pacífica, não é tranquila. Tem gritos de um lado, gritos de um outro, alguém reclama, alguém não está satisfeito. Isso é bom. Claro que depois a gente espera que venha a calmaria, mas não a calmaria com corrupção.”

Confira na íntegra a entrevista com Karina Kufa:

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