Andrea Matarazzo revela boicote em prévias e diz: "não ia legitimar essa farsa"
Após 25 anos de PSDB, Andrea Matarazzo resolveu deixar o partido. A decisão veio pouco depois das prévias tucanas para prefeitura de São Paulo, em março. Agora, o político filiou-se ao PSD, legenda criada por Gilberto Kassab e disputará o pleito na cidade em 2 de outubro.
Matarazzo atribuiu sua saída a um “boicote”. “Percebi que haviam restrições ao meu nome”, revelou durante participação no programa Pânico desta terça-feira (19). “Teve compra de votos e eu não ia legitimar essa farsa”, completou.
Seu rival nas prévias, João Doria, recebeu apoio do governador Geraldo Alckmin. “Obviamente fiquei muito chateado. Não acho que eu mereci o tratamento que eu tive. Provavelmente ele achou que eu não seria um aliado. Engano. Eu fui um soldado do PSDB”, desabafou.
O vereador, agora, monta sua campanha e aproveita para analisar a atual gestão. Para ele, o atual prefeito paulista, Fernando Haddad: “é um desastre na execução”.
Eleições e possível gestão
Em outubro deste ano, São Paulo terá eleições da Prefeitura. Matarazzo contou que pretende fazer um mandato suprapartidário, “São Paulo é do povo”, disse.
Andrea ainda reforçou que a periferia da cidade precisa de cuidados urgentes, “da mesma forma que São Paulo é a cidade mais rica, é também a cidade mais pobre”. E critica: a periferia paulista “está parada no século XIX. As pessoas ainda pedem o que é básico, vaga em creche e água”.
Matarazzo reforçou outros pontos a serem melhorados: “saúde é fundamental. A mobilidade, o transporte e a urbanização de favelas. Foi um dos melhores projetos que tínhamos na cidade de São Paulo. Ao invés de construir prédios novos, você reurbaniza o que já existe”.
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