Democracia liberal superou o fascismo, não os antifas, diz Mano Ferreira

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2020 14h05
Reprodução/Twitter O jornalista Mano Ferreira participou do Pânico nesta quarta-feira (3)

O jornalista e diretor do movimento Livres Mano Ferreira participou do Pânico nesta quarta-feira (3) para comentar a ascensão do movimento antifascista no Brasil. Ele explicou que não foi o anitfascismo que derrotou o fascismo no mundo.

“Fascismo e antifascismo são coisas que deveriam ter ficado para trás, a história prosseguiu. O que superou o fascismo não foram os antifas, mas a democracia liberal”, disse Mano.

Para ele, o termo fascismo, que surgiu com o ditador Benito Mussolini na Itália no século passado, é mal usado para designar situações que não são de fato fascistas.

“Todo mundo virou fascista. Isso acaba trazendo um desgaste da palavra, ficou difícil identificar o que é mesmo fascismo”, lamentou. “Se a gente for ser extremamente rigoroso, é muito difícil chamar alguém de fascista hoje porque o fascismo tinha uma série de características juntas”, continuou, lembrando que no movimento de Mussolini, o Estado era quem controlava tudo. “Hoje, é difícil ter alguém paranóico a ponto de querer ter tudo centralizado no Estado.”

Apesar das ressalvas, Mano Ferreira reconheceu que o ambiente político brasileiro pode ser propício para o surgimento de um movimento desse tipo. “O fascismo não foi feito com alienígenas, foi feito com seres humanos. O que conduz o fascismo é o uso de sentimentos como ressentimento, ódio e raiva, presentes no Brasil hoje”, afirmou.

“O que a gente vai fazer com essa raiva? Quando alguém canaliza para fazer uma guerra de nós contra eles, a gente acaba criando movimentos políticos parecidos nesse sentimento”, continuou o especialista. “A gente deixa de ver o outro como um ser humano como nós e passa a ver como inimigo. Como mal, petralha, coxinha ou bolsominion”, explicou.

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