Bene Barbosa e coronel Eliane Nikoluk discutem porte de armas: ‘Vejo o começo de um caos’
Em entrevista ao pânico, Bene Barbosa e a coronel Eliane Nikoluk discordaram sobre o porte de arma
O Pânico recebeu nesta segunda-feira (25) o ativista Bene Barbosa e a coronel da Polícia Militar de São Paulo Eliane Nikoluk para debater a posse e porte de armas.
Ambos concordam que a posse de armas deve ser liberada para cidadãos que cumprirem determinados requisitos, mas discordam quanto ao porte, ou seja, o direito de andar armado. “Se ficar andando armado na rua, vejo o começo de um caos. Eu defendo a posse, porte, jamais”, explicou a policial militar.
Ela argumentou que os brasileiros ainda não têm condições de andar com armas pelas ruas e que isso pode gerar uma situação problemática. “Somos um país de sangue latino, qualquer coisinha sai no tapa, as pessoas entendem que tudo é inimigo. Tem que mudar a cultura de que é possível concorrer contra sem ser inimigo”, afirmou.
A coronel ainda indicou que a presença de cidadãos legalmente armados nas ruas pode piorar os índices de violência, inclusive contra policiais. “O criminoso vai se misturar com o cidadão de bem armado”, disse.
Bene Barbosa, por outro lado, defendeu que a liberação das armas não tem nada a ver com o índice de violência. “Não há nenhuma ligação entre a posse de armas de fogo e alto índice de criminalidade”, cravou.
“A gente tem que ter estudo, saúde pública, mas a gente não pode esperar tudo isso melhorar e deixar a família desprotegida até lá”, continuou o ativista, argumentando que a arma é uma maneira eficaz do cidadão se defender contra a violência.
Ele ainda criticou os estudos que apontam o contrário de sua tese. “Os estudos têm uma forma muito enviesada”, afirmou. “Outros estudos que dão resultado diferente são varridos para baixo do tapete.”
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