"Criança é um ser do mal, é o terror dos mágicos" diz mágico e humorista Gabriel Louchard

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2014 14h04
Jovem Pan

A peça Como é que pode?, do mágico e humorista Gabriel Louchard, entrou em cartaz em São Paulo nesta terça-feira (5), e fica em cartaz até o dia 27 de agosto. Gabriel começou cedo na profissão. Com apenas 12 anos já era mágico profissional. Desde então, tem investido na carreira de humorista e em shows de stand up comedy com alguns truques de mágica. Ele esteve no Pânico para falar sobre as dificuldades e pontos positivos da profissão. “O pessoal acha que pra ser mágico tem que andar de preto e ter um ar misterioso. Eu entro de calça jeans e eles falam que não era isso que estavam esperando. Esperam fraque, luvas e assistentes que ficam rebolando”, conta ele sobre seus espetáculos nada tradicionais, que têm como assistente um personagem emburrado, o Robson.

Segundo ele, fazer mágicas para adultos é muito mais fácil do que para crianças. Com o adulto é possível conduzir o olhar da pessoa para distraí-la, enquanto a criança acaba captando os truques por ser mais dispersa. “A criança olha para o tênis, para o teto, e ela vê um negócio ali que você vai usar e faz o maior escândalo, fala: ‘olha lá, tirou do bolso!’. A criança é um ser do mal, quer destruir o show de mágica”, brinca Gabriel. “Criança é um ser do mal”, diz mágico e humorista Gabriel Louchard

O mágico tem que saber improvisar caso algo não saia como planejado. O humorista conta que uma vez fazia um número para crianças que envolvia uma pomba branca, que sairia voando de dentro de um balão. “Na hora que estourei o balão, a pomba estava em óbito. As crianças olharam lacrimejando, eu disfarcei, falei que era de borracha e entreguei pro assistente”, descreve. A pomba branca é usada por ser muito flexível e caber em lugares pequenos. Segundo Gabriel, o animal provavelmente morreu por idade avançada.

Gabriel explica que existem várias categorias na mágica. Ele se classifica como humorista que também faz mágicas. “O ilusionista é mais ‘aviadado’, faz grandes ilusões com grandes efeitos, faz carro sumir, serra a mulher no meio. A mágica close up ou street magic é aquela mais simples e pequena, que se faz na rua”.

Nos Estados Unidos é mais comum que os shows de mágica sejam grandes espetáculos com assistentes bonitas, que dançam e fazem coreografias em um cenário mais elaborado. “Acho que o maior mágico ainda é o americano David Copperfield, pela criatividade do cara”, opina.

Gabriel já  fez apresentações para brasileiros nos Estados Unidos, que segundo ele estão carentes de entretenimento em português por lá. “Eu fui meio com medo porque levei uma espada na mala. Quando passei no raio x, me chamaram para o lado e começaram a fazer perguntas estranhas, como se eu dormia bem. Depois deu tudo certo, e fiz uma esquete inspirada nessa situação no Domingão do Faustão”, conta.

Confira estas e outras histórias contadas de forma divertida pelo humorista. Acompanhe o áudio na íntegra.  

 

Serviço:
Como é que pode?
Horário: 21h
Datas: De 5 a 27 de agosto de 2014
Terças-feiras e quartas-feiras
Preço: R$60
Teatro Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569

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