"Deixamos o pior de nós pra quem a gente mais ama", analisa Denise Fraga sobre relações modernas
Ela é dama do teatro, das telinhas e das telonas. Atriz renomada, Denise Fraga esteve no Pânico desta sexta-feira (08) lançando seu último longa “De Onde Eu te Vejo”, além de abrir o coração sobre casamento com Luiz Villaça, diretor do filme. “A vantagem das pessoas que nos contratam, é que eles não pagam as nossas horas extras. Às vezes a gente faz uma ‘vaca amarela’ em casa, pra parar de falar de trabalho”.
“A velha e boa parceria de vida e de arte”, como a própria define, fez com que Denise mergulhasse de cabeça no papel de Ana, uma jornalista em época de crise, que decide ser arquiteta e está prestes a se separar do seu marido, interpretado por Domingos Montagner. Os dois acreditam que morarem sozinhos e em apartamentos de frente um para o outro é a melhor solução.
Para Denise, esse enredo abre um espaço de reflexão para os relacionamentos. “Como detectar se é hora de separar ou não? Em qualquer relacionamento você pensa ‘será que a gente é o mesmo’?”, indaga.
O casamento de mais de 20 anos como cineasta Luiz Villaça transformou a atriz numa expert no campo amoroso. Aos risos, Denise questionou os grandes problemas das relações modernas. “A gente usa nossa criatividade pro chefe, quando nos pagam. Aí chegamos em casa e nos damos ao direito de deixar o pior de nós pra quem a gente mais ama”.
Protagonista por nove anos da série “Retrato Falado”, do Fantástico, Denise admitiu amar as discussões de relacionamento, as famosas “DRS”. “O Luiz não tanto quanto eu, mas ele gosta de falar também. É diálogo, e isso tem que ser ensinado na escola, é autoconhecimento, é aprender a escutar o outro”.
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