Deputados discutem questão ambiental: ‘EUA e Alemanha não são exemplo’
O Pânico recebeu nesta segunda-feira (1º) os deputados federais coronel Marcio Tadeu (PSL-SP) e Rodrigo Agostinho (PSB-SP) para discutir o cenário político no país. Um dos assuntos centrais do debate foi o meio ambiente, que esteve em foco durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro para o Japão, para a reunião de cúpula do G20.
Ambientalista, Agostinho criticou o desmatamento na Amazônia. “O desmatamento ainda está muito intenso”, lamentou. Ele destacou que o Brasil precisa resolver essa questão. “Nós temos uma lição de casa a fazer, temos que preservar nossa floresta. Os números estão aí, não dá para brigar com satélite”, disse.
Coronel Tadeu concordou que a questão ambiental precisa ser olhada com carinho, mas rechaçou as críticas de países desenvolvidos, como a Alemanha, à gestão ambiental brasileira. Antes do G20, a premiê alemã Angela Merkel subiu o tom com Bolsonaro sobre o assunto.
“Estados unidos e Alemanha não são exemplo, eles que acabaram com o mundo”, afirmou Tadeu. “Esses chefes de Estado puxarem a orelha do Brasil, eu não concordo”, continuou.
Ainda no tema, Rodrigo Agostinho fez críticas ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “O Brasil tem relegado a questão ambiental ao segundo plano há muito tempo, e continuamos isso com o atual ministro”, disse. “Ele está numa posição de antiministro. O ministro do Meio Ambiente tem de defender o meio ambiente.”
Lava Jato
Os políticos também debateram outro assunto que está em alta: os vazamentos da Lava Jato. Desde o mês passado, o site The Intercept Brasil e outros veículos estão publicando mensagens atribuídas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da operação.
Para Rodrigo Agostinho, esse episódio não deve afetar o combate à corrupção. “A operação Lava Jato veio para ficar, a corrupção tem que ser estancada”, disse.
Já o coronel Tadeu foi mais enfático e afirmou que as informações divulgadas são falsas. “Já deu para perceber que é uma mentira. Esse cara [Glenn Greenwald, do The Intercept] não é jornalista, é um ativista ligado aos partidos de esquerda”, acusou. “É um belo de um oportunista que montou tudo isso.”
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