Di Ferrero revela incômodo com fãs e diz ter mudado contato: "esse amor não estava saudável"
Com mais de 15 anos de estrada e trabalhando o álbum mais recente desde 2015, o Nx Zero esteve no Pânico desta terça-feira (24) divulgando a nova música de trabalho, “Fração de Segundo”, além de entrarem no debate sobre a relação de fã com seus ídolos.
Com o público cada vez mais próximo dos artistas que o acompanha, uma proximidade “falsa” acaba se estabelecendo algumas vezes. Foi o caso de Ana Hickman, que sofreu um atentado de um seguidor, que acabou morto no último sábado na confusão (21).
No começo de carreira, os roqueiros criaram e incentivaram a “Família NX”, para que os fãs tivessem um maior contato com a banda. Di se arrepende dessa ideia: “a gente tinha 18 anos, realmente acreditava na família NX. A gente estava super feliz. Todo mundo erra”.
Não que o vocalista despreze sua legião de seguidores, pelo contrário. Di, no entanto, não incentiva a relação fanática. “A gente começou a crescer e percebemos que esse amor não estava saudável. Tem gente que tem a tatuagem sua, do seu rosto. Isso é normal?”, questiona.
A relação de fã e ídolo é uma linha muito tênue, entre admiração e perigo. Para ovocalista do Nx Zero, a internet colabora muito para que casos assim se tornem possíveis. “As pessoas vendem o lifestyle, onde estou, o restaurante legal, vai fazendo os jabás. Realmente a pessoa não pensa ‘vai aparecer um louco e vai em matar’. Acho que esse assunto vai ser colocado à tona”, analisa.
Daniel Weksler, baterista da banda, acredita que “tem um limite para a exposição, tem um limite para incentivar isso”.
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