Dilma foi ao Senado para garantir futuro do PT, acredita Kim Kataguiri
Um dos principais defensores do impeachmente de Dilma Rousseff, concretizado na última quarta-feira (31), Kim Kataguiri acredita que, agora, o momento atual do País é propício para que reformas políticas e econômicas aconteçam.
Durante participação no programa Pânico, o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre não ve a saída da petista como solução de toda a crise e crê que a luta continua. “Os problemas continuam aí. O governo Temer é um governo pneumático, funciona sob pressão. Ele se mostrou um pouco mais sensível à opinião pública. A gente tem que pressionar para que os problemas estruturais sejam resolvidos”.
Mas e o golpe? É claro que os militantes petistas não ficaram satisfeitos com o desenrolar dos fatos. Kataguiri acredita que o futuro do partido depende, agora, de um discurso mais inflamado e mais extremista.
Presente na votação do Senado, o coordenador do Movimento Brasil Livre afirmou que “nenhum petista estava lá sério, nem a própria Dilma. Ela estava pensando no pós, falando do golpe. O PT perdendo a máquina pública precisa de uma militância mais dura, com um discurso mais radical. Ela foi lá para garantir o futuro do PT”.
Futuro
A dúvida que paira agora é sobre que rumo o Brasil tomará. Kim é otimista: “é um passo de cada vez. A gente tem margem para pedir uma reforma política, para mudar o nosso sistema que é caro e pouco representativo. Principalmente nesse momento que o governo está tão sensível à opinião pública”.
Claudio Tognolli, jornalista da Jovem Pan e presente na bancada liderada por Emílio Surita, já enxerga os fatos sob um outro viés. Segundo ele, a saída de Dilma com os direitos políticos intactos nada mais é que uma manobra para que ela “salve” petistas e pmdebistas em 2018. “É um interesse próprio, sempre foi”, concluiu.
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