Dr. Rey se compara a Robin Hood: “roubo riquinhas para ajudar os pobres”

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2014 14h15
Jovem Pan

Robert Rey é o médico mais popular do entretenimento. Há 10 anos ele apresenta na televisão norte-americana o programa Dr. 90210 (exibido no Brasil pela RedeTV! com o nome de Dr. Hollywood), em que mostra detalhadamente todos os processos de realização de operações estéticas. Apesar do sucesso, costuma ser bastante criticado, já que é um dos maiores representantes do milionário e polêmico mundo das cirurgias plásticas. Em entrevista ao Programa Pânico nesta terça-feira (18), ele não fugiu do assunto e rebateu as críticas se comparando ao personagem Robin Hood. 

“Na verdade somos como Robin Hood. Roubamos das riquinhas para fazer nossas ONGs. Com cada peito de riquinha, consigo fazer três lábios leporinos de graça. O lado cosmético é muito criticado, mas ninguém pára para pensar que ele paga o lado construtivo. Que ele ajuda os pobres. Essa tecla é importante”, disse. “Mas já penduraram Jesus na cruz por que ele pregava o amor. Mataram o Martin Luther King por que ele pregava a igualdade. Ter inimigos não significa nada. Na verdade, no dia em que os invejosos pararem de falar, sua carreira acaba”, completou. 

Ele ressaltou, no entanto, que concorda que existem limites em seu trabalho e que não seria ético se atendesse aos pedidos de todas as suas pacientes. A primeira coisa que um profissional da área deve fazer ao ser procurado, de acordo com suas palavras, é dar consultoria sobre os riscos e as reais necessidades de cada operação. Dr. Rey se compara a Robin Hood: “roubo riquinhas para ajudar os pobres”

“Já me pediram coisas absurdas. Noventa por cento dos pedidos eu rejeito. Existem mulheres lindas que não conseguem se achar lindas de jeito nenhum. O médico também tem que ajudá-las a entender isso. Bisturi não cura problemas de autoestima”, declarou. “E na faculdade me ensinaram que não devemos deixar as pessoas livres de imperfeições, mas ensiná-las a manejá-las. São as imperfeições que nos deixam bonitos”, disse em seguida. 

Mas o especialista caiu em contradição logo depois, quando os entrevistadores da bancada o pediram para apontar quais são, em sua opinião, as mulheres mais bonitas do país. A reposta foi Gisele Bündchen, Alessandra Ambrósio, Adriana Lima e Izabel Goulart – todas representantes do mesmo padrão de beleza imposto pela indústria e, coisncidência ou não, Angels da Victoria’s Secret, posto desejado por todas as modelos ao redor do mundo. 

Também durante a entrevista, Dr. Rey relembrou sua época de faculdade (em que estudou em Harvard), falou sobre a “revolução” que ele diz ter realizado na medicina ao devolver a ela o “toque humano” e, para fechar com chave de ouro, revelou um problema no mínimo curioso que ele garante que o mundo pode sofrer nos próximos anos. 

“A próxima geração viverá uma epidemia de pintos pequenos. Isso vem do abuso da soja e do protetor solar, que têm estrogênio, e das garrafas de plástico, que têm BPA. O ambiente está saturado de estrogênio, um hormônio feminino. Vou ter que fazer muita cirurgia de pênis daqui para frente. Ele está desaparecendo”, finalizou. 

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