Eleições 2020: ‘Aguardem, porque vou para o segundo turno’, diz Jilmar Tatto

Candidato petista, que tem 4% das intenções de voto, disse à Jovem Pan que considera fundamental o apoio de Lula no pleito municipal

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2020 15h25 - Atualizado em 04/11/2020 15h53
Brizza Cavalcante/Agência Câmara Ex-deputado, Tatto ainda não decolou nas pesquisas

Em entrevista ao programa Pânico desta quarta-feira, 4, o candidato Jilmar Tatto (PT) afirmou que está confiante em sua eleição para a Prefeitura de São Paulo. “As pesquisas apontam que eu não vou bem, mas aguardem porque eu vou para o segundo turno. O meu maior problema é que não sou conhecido, mas tenho andado todos os dias pela periferia. Estou alcançando as classes C, D e E e, assim, já percebo um aumento nas intenções de voto”. Tatto analisou que seus eleitores em potencial concentram os votos em Celso Russomanno (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB). Portanto, para avançar na disputa, o candidato considerou fundamental o apoio do ex-presidente Lula. “Comparado a Doria e Bolsonaro, Lula é o político com o maior poder de transferir votos aqui na cidade de São Paulo”. O petista concentra 4% das intenções de voto na capital, atrás de Bruno Covas (PSDB) com 23%, Celso Russomanno (Republicanos) com 20%, Boulos (PSOL) com 14%, Márcio França (PSB) com 10% e Arthur do Val (Patriota), também com 4%, como aponta o último levantamento do Datafolha.

Durante a entrevista, Tatto não se esquivou e esclareceu porque, diversas vezes, tem seu nome atrelado a polêmicas relacionadas ao setor perueiro e ao grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC). “Conheci o Pandora quando fui secretário de Transportes na gestão Marta Suplicy e fui vítima do crime organizado. Eu o enfrentei na cidade porque, quando me tornei secretário, o transporte em São Paulo era uma bagunça, existiam até mesmo as peruas clandestinas. Para combatê-las, eu coloquei micro-ônibus para rodar. Eu arrumei o transporte. Precisei usar colete à prova de bala e andar com seguranças porque era muito ameaçado. As denúncias que me relacionam ao PCC são tão absurdas que nem mesmo a polícia ou o Ministério Público abriram alguma investigação contra mim”. Em 2006, o presidente da Cooper Pam, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, disse em depoimento à polícia que Jilmar Tatto deu ordens para que integrantes do PCC fossem incorporados a sua cooperativa de micro-ônibus e vans. Pacheco também afirmou ao delegado que recebeu R$ 500 mil de Tatto para favorecer um grupo de perueiros ligados ao PCC no processo de licitação da Prefeitura de São Paulo.

O petista destacou seus feitos como secretário de Transportes nas gestões municipais de Marta Suplicy, entre 2001 e 2004, e Fernando Haddad, de 2013 a 2016. “Implementei os corredores de ônibus e ciclovias, também criei o Bilhete Único pensando no povo da periferia, a classe para qual eu sempre trabalhei”. Se eleito, o candidato reiterou que fará de São Paulo uma cidade mais democrática. “Vou governar para todos, a cidade é para todos. Quero uma São Paulo com oportunidades. Eu quero criar uma cidade solidária, democrática, transparente e que lute contra o racismo, os preconceitos e a violência contra a mulher”, concluiu.

Confira a entrevista com o candidato Jilmar Tatto (PT):

 

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