‘Entre gente de bem e bandido, eu fico com as famílias’, diz João Doria
O candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB) voltou a defender que a polícia paulista aja de forma mais dura no combate ao crime. Em entrevista ao Pânico desta segunda-feira (15), o ex-prefeito afirmou que em sua eventual gestão ela irá “atirar para colocar no cemitério”.
“O bandido que tiver a coragem de reagir, a polícia vai atirar para imobilizar. Se continuar a reagir, a polícia vai atirar para colocar no cemitério”, disse. “Entre gente de bem e bandido, eu fico com as famílias, e o bandido vai para o cemitério. Fica bem clara minha posição”.
O tucano também prometeu lutar pela redução da maioridade penal para 16 anos e garantir que os presos cumpram as penas integralmente. “Nós vamos ter uma política de segurança muito dura, não vamos ter nenhuma condescendência com bandido”, afirmou. Doria ainda negou a existência de qualquer tipo de acordo entre o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e o PCC, principal facção criminosa do estado.
Disputa pelo governo
Agora, o grande alvo de João Doria é seu adversário no segundo turno das eleições, Marcio França (PSB). Para o tucano, França representa a esquerda no estado. “O socialista Marcio França é laranja do PT”, acusou. “Não tenho nada pessoal contra ele, só tenho contra as posições dele e o disfarce. Por que disfarçar que ele é esquerdista?”, questionou .
O ex-prefeito também atacou Paulo Skaf (MDB), derrotado no primeiro turno e que agora apoia França. “Eu não desrespeito o Paulo Skaf, mas ele fez a opção errada de novo. Ele perdeu as eleições três vezes, já pode pedir música no Fantástico”, ironizou.
Na corrida pelo governo federal, Doria declarou abertamente o voto em Jair Bolsonaro (PSL). “Eu não tenho problema nenhum em dizer, meu voto é Jair Bolsonaro para a presidência da República”, afirmou. Entretanto, reconheceu que não concorda com todas as posições do candidato. “Em algumas posições, ele revelou extremismo, mas todas as pessoas têm direito a errar e melhorar suas posições”, admitiu.
Doria afirmou ser diferente do presidenciável, por exemplo, em relação à política para mulheres. “Eu defendo as mulheres, defendo igualdade e proteção para as mulheres. O Jair Bolsonaro terá a oportunidade de se posicionar sobre isso”, disse. “Ele não é do mal.”
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