Erro do brasileiro é de achar que existe salvador da pátria, afirma cientista político
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Reeleita com mais de 54 milhões de votos em 2014 e longe do poder há mais de cem dias, Dilma Rousseff enfrenta a fase final do seu processo de impeachment. Na última segunda-feira (29), a presidente afastada teve oportunidade de realizar sua defesa pessoal, discursando por 47 minutos e afirmando temer pela morte da democracia.A expectativa é que o Senado delibere até o fim da quarta-feira (31).
Em entrevista ao Pânico desta terça (30), o cientista político Diogo Costa e o jornalista da Jovem Pan, Claudio Tognolli, analisaram o panorama do País. “o Brasil é governável, só que a gente fala muito em governante. A gente fala muito no salvador e pouco nas coisas que podem salvar o país”, acredita Diogo.
A busca por soluções mágicas, que melhorem o Brasil, parece ser a pergunta na cabeça da maioria dos brasileiros. Inflação menor, educação de qualidade e corrupção a 0%. O cenário pode ser utópico, mas o que Diogo afirma é que o sonho e as críticas nos pontos fracos da realidade são movimentos fáceis de se fazer. “É fácil criticar o BNDES, por exemplo, mas na hora de colocar a mão na massa e mexer com outros interesses, é difícil”.
Para ele, o primeiro passo é olhar para o mais básico: a infraestrutura brasileira. A segurança é um dos exemplos mais claros: “dos quase 60 mil homicídios por ano, a polícia consegue resolver 5%. A gente tem uma polícia muito mal remunerada”.
Segundo Tognolli, a esperança fica a cargo das investigações da Lava-Jato, “para a gente começar de novo. Mas eu não consigo ver em quem votar. Cadê os valores novos?”, questionou.
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