"Eu não sei se o Brasil de hoje é retratado nas letras", analisa Leo Jaime sobre rock atual

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2016 14h44
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Jovem Pan <p>Leo Jaime é um dos principais nomes da música brasileira</p>

Para os mais novos, ele é o Nando Rocha da temporada de 2012 da Malhação ou o vocalista da banda do “Amor e Sexo”. Mas não, já são mais de 30 anos de carreira e sucessos como “Sônia”, “Nada Mudou” e “Gatinha Manhosa”, além da banda: João Penca e seus Miquinhos Amestrados. Em entrevista ao Pânico desta sexta-feira (22), Leo Jaime esbanjou todo seu molejo carioca, analisou o rock brasileiro e falou mais sobre sua nova turnê: Leo Guanabara Jaime

Parte da velha guarda do rock nacional dos anos 80, Leo admitiu que a cena musical atual peca na falta de animação, de algo que realmente faça a diferença. “Em 2014 saiu uma pesquisa. 73% dos shows feitos no Brasil eram sertanejos. A margem para os outros gêneros é pouca. Acho que tem que aparecer mais lugares para as pessoas se apresentarem”, analisou.

Para o cantor, programas como “The Voice” ou Superstar” são fatores positivos, já que as atrações abrem espaço para que “apareça gente nova”.

Segundo Leo, a diferença entre a década de 80, quando o rock brasileiro nasceu, e os dias atuais, são as letras e a cultura pop do público. “Eu não sei se o Brasil de hoje é retratado, diferente da época do ‘Que País é Esse’, por exemplo”.

Trajetória

Dono de hits como “Charme do Mundo”, Leo já passou por perrengues e já esteve na geladeira da gravadora Warner durante cinco anos. “Eu não lançava disco, num tempo que isso era bem importante. Na época do Plano Collor, eu tentei lançar e não deu”.

“Aí fui trabalhar como ator, jornalista. Tive a experiência de testar outras coisas. E eu continuo fazendo tudo isso. Mas sinto que, hoje, coloquei a música em primeiro plano e sinto esse prazer de tocar por diversão”, contou.

Cazuza

Além de todo seu sucesso na década de 80, das bandas “Nota Vermelha”, junto com Fernanda Abreu, e “João Penca”, Leo Jaime foi o responsável por realizar o encontro, icônico, entre Cazuza e Barão Vermelho.

“Eu já tinha duas bandas, compunha para as duas e os meninos pediram para eu ver o material. Era um rock pesado e achei que o Cazuza daria certo. Tive uma certa dificuldade de convencê-lo, mas ele acabou dando uma carona para o Roberto Frejat e em pouco tempo, eles já tinham o repertório do primeiro disco”, contou.

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