Ex-intérprete de libras de Bolsonaro diz que linguagem neutra ‘não deveria nem existir’

Fabiano Guimarães, que é pré-candidato a deputado federal pelo Distrito Federal, também afirmou que o presidente não é contra minorias e foi o primeiro mandatário a estabelecer um ‘diálogo direto’ com a comunidade surda

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2022 15h01
Jovem Pan News Fabiano Guimarães Fabiano, que é pré-candidato a deputado federal pelo Distrito Federal, concedeu entrevista ao Pânico

O ex-intérprete de libras do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Fabiano Guimarães, concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Pânico desta quinta-feira, 21. Durante a conversa, Fabiano falou sobre a utilização da linguagem neutra dizendo que a prática ‘não deveria existir’ e que atrapalha na interpretação para libras. “Ela atrapalha em tudo. É totalmente excludente. Não deveria nem existir, na verdade, porque é para isso que existe uma estrutura gramatical e linguística nos idiomas e sistemas linguísticos. Então ela atrapalha a interpretação”, disse Fabiano. Questionado por Marco Antonio Costa sobre o que acontece quando pessoas utilizam os pronomes ‘elu’ e ‘delu’, Fabiano e outro intérprete que estava no estúdio responderam: “Sofremos bastante”.

Em seguida, Fabiano falou sobre a visão de que algumas parcelas da sociedade têm sobre Bolsonaro, dizendo que ele não é contra minorias e exaltando o trabalho do presidente em estabelecer uma comunicação direta com a comunidade surda brasileira. “O Bolsonaro de forma alguma é contra minorias. Pelo contrário, foi o único governo que estabeleceu um diálogo completo com a comunidade surda no Brasil. Quem fez isso antes dele?”, questionou o ex-intérprete. Pré-candidato a deputado federal pelo Distrito Federal, Fabiano comentou sobre as expectativas para o pleito, dizendo acreditar que conseguirá abarcar a comunidade surda e os profissionais da área. “A gente acredita em uma representação muito forte da comunidade surda e dos profissionais de acessibilidade que carecem dessa representação. Em Brasília, temos cerca de 90 mil a 110 mil pessoas surdas ou com deficiência auditiva, além de profissionais da categoria, que estão a deriva e não têm uma legislação para garantir alguns direitos. Acredito que a gente consegue abarcar esse público”, explicou.

Confira a entrevista completa:

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