“Faustão protagonizou o pior momento da minha carreira”, diz o humorista Fábio Rabin
No final de 2013, um grupo de comediantes estreou o quadro Aqui Vale Tudo no Domingão do Faustão. Na atração, eles deveriam contracenar improvisando os textos ao mesmo tempo em que o cenário se inclinava e os desequilibrava. Um dos membros do elenco era Fábio Rabin, que, em entrevista ao Pânico nesta quinta-feira (3), contou que viveu ali a situação mais constrangedora de toda sua trajetória no humor.
“O Faustão protagonizou o pior momento da minha carreira. Quando estreamos, no primeiro quadro foi tudo legal. No segundo, o apresentador precisava ter um pouco mais de paciência – o que é difícil pedir a ele. Estávamos deitados no chão, íamos atuar com a câmera em cima, como se estivéssemos andando. Mas ele olhou aquilo, não entendeunada e acabou com a gente ao vivo. Foram minutos muito constrangedores, queria levantar e dar uma voadora nele. Segurei a onda. O diretor até agradeceu depois”, disse.
A saia justa, no entanto, não parece ter atrapalhado o sucesso do artista. Considerado um dos melhores humoristas de stand-up comedy do país, Fábio está atualmente em turnê com o espetáculo Queimando o Filme, no qual apresenta algumas piadas inéditas e outras registradas no seu DVD Sem Noção – Live em Floripa. Ao mesmo tempo, prepara-se para estrear um programa no canal por assinatura TBS. Mas, contrariando a onda de outros comediantes em alta, ele não se vê atuando tão cedo na televisão aberta – nem mesmo na TV Record, por quem tem sido supostamente procurado.
“Acho que não vai acontecer. Tenho ressalvas com a TV Record. Não tenho certeza, mas vejo algo de podre no reino da Dinamarca… E não me interesso por talk show, por celebridades momentâneas. A menina vai ao Faustão, fala uma besteira, e“Faustão protagonizou o pior momento da minha carreira”, diz Fábio Rabin só por isso você tem que entrevistá-la. Não sei se eu faria”, confessou. “Meu auge mesmo vai ser quando eu cantar um rap com o Mano Brown. Aí vou ter conquistado o povo mesmo”, brincou.
Embora esteja envolvido em nessa grande quantidade de projetos, o entrevistado confessou que diminuiu o ritmo nos últimos meses. O motivo? Beatriz, sua filha de 11 meses.
“Ser pai é muito bom, mas é meio escroto. Você não tem tempo para você. Chega em casa com fome depois do trabalho, mas o bebê está chorando. Aí ele come e tem que arrotar. Aí caga. Ai quer dormir. Por isso o pai morre depois de um tempo, por causa do bebê (risos)”, afirmou. “Não crio muita coisa mais. Escrevo quando dá, quando minha filha dorme. É difícil. Muita coisa que o humorista cria vem da mesa do bar. Você senta lá, conversa com os amigos, fala alguma besteira que as pessoas riem e pensa: ‘isso dá um texto’. Hoje não vou mais ao bar, fico em casa. É um desafio encontrar essa mesma alegria conversando sóbrio com minha mulher”, explicou.
Durante a entrevista, Fábio ainda negou a fama de “humorista drogado”, relembrou a confusão em que se envolveu com Wagner Moura (quando fazia parte da equipe do Pânico na TV) e tirou sarro do apresentador Danilo Gentili e da presidente Dilma. Ouça no áudio.
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