Gentili critica patrulha do politicamente correto: ‘não tem que perguntar qual o limite do humor’
Danilo Gentili sabe que se envolve em muitas polêmicas por seus comentários, mas, para ele, é o “politicamente correto” quem não sabe reconhecer uma brincadeira e tira as piadas de contexto. O humorista conversou com a bancada do Pânico na Rádio nesta segunda-feira (17), por telefone, e criticou a interferência da “patrulha do politicamente correto” na comédia.
“O público sabe que brincadeira é brincadeira, sabem separar isso de coisa séria, mas a patrulha não, então vira essa coisa desequilibrada. A patrulheira pode tudo, então tiram as coisas de contexto e vira guerra de narrativa. O lado [que a patrulha] escolheu como vilão pode falar qualquer coisa que vai sempre estar errado e o outro vira vitimismo”, disparou.
Gentili usou como exemplo a recente polêmica com Rosana Hermann, que costuma postar prints antigos de pessoas públicas “mandando linchar um cara”, como descreve o humorista. “Ela vira uma aldeã com uma tocha na mão, mas ela também fala bosta. E eu mostrei isso”.
Seguindo essa linha, Gentili contou que prepara um documentário sobre a pergunta que insiste em ser feita no momento: qual o limite do humor?
“Não tem que perguntar isso. Tentam deixar todos refém de fazer propaganda ideológica, se tiver alguém divergente, ele passou do limite. Então esse é o limite do humor. Pode fazer piada com tudo menos com o que a patrulha politicamente correta quer. O trabalho do humorista é falar o que não está sendo falado e mexer nos pontos de tensão”, opinou.
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