"Gosto muito de sexo, decidi monetizar o negócio", diz Lola Benvenutti

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2014 14h51
Juliana Blume / Jovem Pan

Com um perfil alternativo, o corpo cheio de tatuagens e corte de cabelo moderno, Gabriela Natália Silva, 22, é uma famosa garota de programa e blogueira, que atende pelo nome de Lola Benvenutti. Lola foi entrevistada no programa Pânico.

Com mais de quatro mil clientes no currículo, Lola Benvenutti começou a fazer programa há dois anos atrás. O número aproximado de clientes que diz ter atendido ilustram bem as suas afirmações: “Puta, prostituta ou rameira, eu não me importo com o termo. O segredo é gostar do que faz e eu decidi monetizar o negócio. Uni o útil ao agradável porque eu gosto muito de sexo.”  “Gosto muito de sexo, decidi monetizar o negócio”, diz Lola Benvenutti

A blogueira que é natural de São Carlos mora em São Paulo há um ano e é formada em Letras.  “Eu não atendo em casa. Nunca curti trabalhar em boate e atendo só em motéis e hotéis. Eu acho que existem vários ambientes. O puteiro da Augusta, a rua, tudo vai variar muito dos tipos de prostitutas. Eu passo até cartão de crédito. São as demandas do mercado. Pra mim a menina que troca sexo por uma bolsa, só troca a moeda. Ela faz a mesma coisa que uma prostituta. Estas são as hipocrisias da sociedade.”

Sobre a sua vida pessoal, Lola diz: “A monogamia é uma coisa ultrapassada. Todo mundo gostaria de transar com várias pessoas. Eu gosto de conhecer pessoas. Eu tenho cadastro em várias redes sociais. Uma pessoa que está comigo tem que entender que eu gosto de estar com várias pessoas. Eu odeio a frase eu vou te tirar desta vida. “ Ela ainda comenta: “Sempre gostei de homem mais velho. Eu colocava o Ken e a Barbie pelados para transar e me masturbava. Não podia ver mulher pelada que me excitava.”

No dia 11 de agosto, Lola irá lançar o seu livro Prazer é todo nosso, na Livraria Cultura, às 18 horas. “No meu livro eu conto sobre a minha trajetória como garota de programa. São histórias divertidas e leves, nada triste. O diferencial do meu livro é não ter esta “bad vibe”. No livro eu trago estas histórias divertidas. Isso contribui para tratar a garota de programa não como coitadinha, mas sim como uma garota que faz o que quer.”

Quando questionada sobre o porquê de ser tão procurada ela comenta, “O desgaste natural da relação faz o cara procurar a prostituta. Eu acho que é uma carência mais sexual do que afetiva. Eu não faço mal às pessoas, muito pelo contrário. Eu acho que eu salvo muitos casamentos.”

Bem politizada e antenada a blogueira opina: “Eu acho que a prostituição deve ser vista como profissão mesmo. Hoje o que compensa mais para a garota é ela estar no site dela. Os sites são vitrines. Eu tive uma grande visibilidade por conta do meu blog.”

Lola rejeita qualquer tipo de comparação com Bruna Surfistinha e afirma: “todo mundo fala que eu deveria fazer psicologia. Eu acho que o papel da prostituta é mais do que sexo. Ter paciência com as pessoas, ser tolerante, ver beleza nas pessoas, gostar de sexo, esse é o manual para quem quer ser prostituta. A minha vida é isso. Minha vida é sexo puro”, conclui.

 

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