Humorista Léo Lins polemiza tema de redação do Enem e diz: "eu não me arrependo mesmo"

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2015 18h37
Jovem Pan

O comediante Léo Lins causou polêmica nas redes sociais ao falar sobre a sua redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), caso tivesse participado dele. No programa Pânico no Rádio, da Jovem Pan, ele leu a sua “redação” sob o tema solicitado aos estudantes brasileiros: “a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

Apesar de estar sofrendo uma enxurrada de críticas, não apenas por parte das feministas que marcam presença cada vez mais forte nos protestos, como também por veículos como a Carta Capital, ele disse não se arrepender.

“Eu não me incomodo [com a definição da Carta Capital que o chamou de descerebrado]. Minha intenção não é atacar ninguém. Então eu fico muito tranquilo”, disse no programa.

Léo Lins afirmou que já errou ao fazer gozação com algo mas que, para ele, piada errada é quando você é sem graça no palco. “Já errei. Já teve começo de carreira que você não sabe lidar com a plateia, acaba agredindo, passa do ponto. Isso são coisas que me arrependo. Mas aqui [redação do Enem] eu não me arrependo mesmo”.

Uma das integrantes do programa, Amanda, que se diz “semi-feminista”, questionou o humorista sobre o que seria o achar graça de alguma piada. “Se você ri, você acha graça?”, ao que ele respondeu “eu acho, eu acho”.

“Eu acho que você se tornou inimigo da comunidade feminina e você ousou, mas para que você quer isso? Você se sente mais poderoso?”, perguntou uma das três mulheres que compõem a equipe do Pânico. “Quando eu escrevo uma piada, minha intenção é ser engraçado. Eu não vou escrever algo que eu não acho engraçado, eu faço o que pra mim é engraçado. Em nenhum momento eu penso ‘isso aqui é legal, a maioria vai ficar irritada, mas uns três vão rir’. Não, não, pra mim, a maioria vai rir”, disparou.

Confira abaixo a polêmica “redação do Enem” de Léo Lins:

A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira:

A mulher brasileira sofreu muita violência em 2015. Veja por exemplo Bethe Correia que foi nocauteada por Ronda Rousey em 34 segundos. Realmente foi muita violência.

Mas por que o Brasil é um país que insiste em ser violento? Em minha própria opinião, é culpa da mídia que tanto divulga o slogan: “Sou brasileiro e não desisto nunca.”. Porém é preciso ver quem disse que a violência persiste, por que não sou de acreditar em tudo que me dizem. (Não esperava por essa né ENEM?)
Eu já li que a cada 12 segundos uma mulher sofre violência no Brasil. Mas estou escrevendo a redação há 30 e não vi nenhuma apanhando.

Portanto, é importante se questionar de tudo. A violência realmente persiste? A mulher brasileira sofre? Café no coador é mais forte? (Essa foi pra descontrair)

Mas voltando a pesquisa: Briga de travesti entra em violência contra mulher? Porque alguns travesti são mais femininos e gostosos que algumas mulheres. Não que eu já tenho comido algum. Também é preciso ver quem faz a pesquisa. Como saber se o sangue é de violência ou ciclo menstrual? Afinal o sangue que sai de um corpo é o mesmo não importa o buraco. Se vocês não sabem, sangue não tem marca nem etiqueta.

E pra finalizar, também não é toda mulher que sofre violência. Veja o exemplo de Elize Matsunaga. Ela fatiou o marido e depois fez algo terrível. Jogou ele na cidade de Cotia. Você já foi pra Cotia? Nem queiram ir, ouvi falar que jogam pedaços de corpo nessa cidade.

Veja abaixo o momento do programa que o comediante lê a redação e diz não se arrepender da piada feita:

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