"A idiotice sempre existiu e a internet universalizou", afirma Joseval Peixoto
Ele é a voz que acorda o país há décadas no Jornal da Manhã. Mais que isso, Joseval Peixoto é também um dos maiores nomes do jornalismo brasileiro e esteve no Pânico desta quinta-feira (09) falando sobre a importância que a opinião da sociedade sobre fatos que rodeiam o nosso País ganhou.
Atualmente, muito se escreve e se fala sobre política. São coxinhas versus petralhas e azuis contra vermelhos. A internet abriu espaço para que todas as opiniões fossem publicadas e ganhassem projeção. “A idiotice sempre existiu e a internet universalizou”, afirmou Joseval.
Não que o jornalista seja contra ter opiniões sobre os assuntos. Pelo contrário. Para ele, respeito é a chave. Tanto que sua relação com Rachel Sheherazade, colega de bancada no SBT, é bastante amistosa. “Eu não concordo com muitas ideias dela, sem dúvidas. Ela me ouve bem, mas também não concorda comigo. Mas há respeito. Nós vamos para o bar juntos”, contou aos risos.
Para ele, o momento intenso vivido pelos brasileiros nos últimos anos fez com que ídolos se levantassem, servindo como exemplo para boa parte da população. Sergio Moro, jurista federal, é um desses ícones. Sobre isso, Joseval acredita que “o ser humano cresce se espelhando e precisamos ter cuidado”.
Moro é quem julga a Operação Lava-Jato e quem quebrou o sigilo de conversas entre a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Lula. “Sergio Moro feriu a Constituição quando ele quebrou o sigilo dos áudios entre Dilma e Lula. Historicamente, isso vai ser questionado. A Constituição é claríssima. Eles estão querendo construir a norma, não cabe ao juiz construir a lei. Isso é do Legislativo”, analisou Peixoto.
E o jornalista valida sua opinião: “quando a Lava-Jato quebra a Constituição, eu não estou do lado”.
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