Irmãos Piologo justificam humor negro: "é melhor rir da desgraça do que chorar"
Pela própria definição de Ricardo Piologo e Rodrigo Piologo, eles não são humoristas, são “zueiros”. Os Irmãos Piologo trabalham com animação há 20 anos e estiveram por trás das produções do canal Mundo Canibal, como as famosas “Avaianas de Pau”.
A dupla esteve no Pânico desta quinta-feira (05) falando sobre sua trajetória, além de traçarem os novos rumos na carreira: a dublagem. Rodrigo e Ricardo participam do novo longa da Sony Pictures, “Angry Birds – O Filme”, que estreia nas telonas brasileiras no dia 12 de maio.
Um dos primeiros hits da internet, logo nos anos 90, foi o “Avaianas de Pau”. “Na época tinha mais de um milhão de visualizações. Depois de 10 anos batalhando, a gente pôde começar a viver do site”, explicou Rodrigo.
O conteúdo dos vídeos sempre causou estranhamento, já que o humor era mais negro, com videocassetadas mais pesadas. “É melhor rir da desgraça do que chorar né?”, questionou Rodrigo.
Com duas décadas de estrada, Ricardo e Rodrigo atribuíram o surgimento do “Pânico na TV” para que esse tipo de humor, mais hardcore, tivesse espaço na cabeça das pessoas. “Tinha muito preconceito com o que a gente fazia”, disse Ricardo.
É claro que, depois de tanto tempo praticando a bizarrice, os irmãos já tiveram arrependimentos. Para os dois, tomar tiros de paintball sem proteção foi o ápice. “Se eu tomasse um tiro de verdade, doeria menos”, contou Ricardo aos risos.
O canal “Mundo Canibal”, totalmente voltado para animações, abriu espaço para o atual: “Irmãos Piologo”. A mudança se deveu à saída de um dos sócios, o humorista Rogério Vilela, e também à evolução de conteúdo: “a gente começou a fazer vídeo de tomar choque, fazer uma culinária bizarra. E foi a transição. Tanto que hoje a gente está fazendo a dublagem do ‘Angry Birds’, porque começamos a aparecer”.
Rodrigo e Ricardo pretendem seguir na linha da dublagem, além de continuarem renovando com o canal pago, Multishow, onde fazem o programa “ParTOBAS”, que comentam videocassetadas. “O legal desses 20 anos é continuar em foco, é se manter nesse meio”.
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