Amoedo: Bolsonaro precisa entender que ‘a campanha acabou’
O candidato à presidência nas eleições de 2018 João Amoedo, do partido Novo, criticou o tweet que o presidente Jair Bolsonaro fez sobre o Carnaval e pediu para que o chefe do executivo mude suas prioridades. “Ele ainda não conseguiu fazer essa mudança de prioridades, entender que a campanha [eleitoral] acabou”, disse em entrevista ao Pânico nesta quinta-feira (14).
Amoedo defendeu que Bolsonaro fale sobre coisas importantes para o Brasil, como a Reforma da Previdência. “Quando você começa a falar de coisas do Carnaval, sobre imprensa, sem falar do que é importante para o Brasil, a gente vai demorar mais tempo para fazer o que tem que ser feito”, explicou. “Ele tem que fazer a lição de casa de entender que é um gestor”, disse, ressaltando que o presidente precisa ouvir “gente que agrega” em vez de pessoas que vão tornar a polarização política ainda maior, como seus filhos. “Ele tem que acabar com a polarização.”
Falando sobre o tweet que o presidente fez com um vídeo gravado no Carnaval, João Amoedo disse que a divulgação da cena prejudicou a imagem do Brasil no exterior. “Achei aquilo muito ruim. Só serviu para você divulgar uma coisa que tinha sido vista por algumas pessoas para milhões”, afirmou. “Um presidente da República não tem um Twitter pessoal, não é assim. Eu espero que ele rapidamente aprenda e passe a focar no que é prioritário para o Brasil”, ressaltou.
Ainda sobre Bolsonaro, o ex-candidato à presidência disse que as questões sobre o caso Queiroz e os candidatos laranjas do PSL sejam esclarecidas rapidamente. “Não interessa o que a jornalista falou, a gente quer saber do negócio do Queiroz, dos laranjas”, afirmou, lembrando da polêmica da família Bolsonaro com uma jornalista do jornal O Estado de S. Paulo nesta semana. “Uma coisa que ficou clara para todo mundo que votou é que não querem só mudar as ideias, mas também mudar a forma de se fazer política.”
Reformas
Entre as questões prioritárias para o Brasil, estão as reformas, principalmente a da Previdência, segundo Amoedo. “Não dá para não fazer a reforma”, cravou.
Ele gostou da proposta apresentada pelo governo Bolsonaro e alertou que a reforma não pode sofrer muitas alterações. “Se começar a cortar muito, vamos precisar fazer outra”, disse.
Para João Amoedo, quem é contra a reforma da Previdência quer manter seus privilégios. “As minorias que se aproveitam de determinada situação gritam para manter seus privilégios”, disse. “A reforma da Previdência é para ajudar os mais pobres e gerar emprego”, explicou o ex-candidato.
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