João Doria rebate Matarazzo sobre fraude em prévias: "o que eu fiz foi trabalhar"
Após a desfiliação de Andrea Matarazzo do PSDB, João Doria Jr. se lançou como pré-candidato único a prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Publicitário, jornalista e empresário, ele esteve no Pânico desta quinta-feira (28) falando mais sobre a sua candidatura.
Em participação recente, também no Pânico, Andrea Matarazzo revelou que a saída do partido tucano se deveu ao fato de que, nas prévias, houve compra de votos e fraude. Sobre essa polêmica, o empresário de 58 anos e dono de seis empresas, João Doria, alegou entre risos que “ele podia ter ficado no PSDB. Eu trabalhei. Tem gente que gosta de ficar bebendo vinho, fumar charutinho. O que eu fiz foi trabalhar”.
Ex-Secretário do Turismo durante a gestão de Mário Covas na década de 1980, Doria acredita no poder do setor privado como o principal ponto da sua plataforma: “a experiência privada aplicada no setor público, essa sim é muito positiva”.
Um outro ponto polêmico que o empresário defende é a privatização de espaços públicos como o Anhembi e o Autódromo de Interlagos. “O autódromo custa 150 milhões por ano e mais da metade é investido na Fórmula 1, sem necessidade. Eu defendo a Fórmula, traz movimento e turistas, mas por que isso tem quer financiado pelo Estado? E as outras pessoas que não tem dinheiro para pagar o ingresso?”, questionou.
Seguindo o exemplo do ex-prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, Doria afirmou que não quer receber salário da Prefeitura. Para ele, a servidão pública já basta.
Haddad
São Paulo é a sexta maior cidade do mundo. Sobre o atual prefeito, Fernando Haddad, João Doria afirmou que as ciclovias e a preocupação com o lazer são dois programas bons da gestão petista. Entretanto, “é planejar antes de fazer e mesmo depois de ter feito, é preciso acompanhar e ver se aquela operação está funcionando bem”.
O fechamento, aos domingos, da Avenida Paulista é um ponto que ainda causa polêmica dentre os moradores de São Paulo. Sobre essa questão, Doria acredita que “acertaram de um lado, erraram de outro. Não precisa fechar os dois sentidos. O PSDB não vai manter as duas vias para o lazer. A Paulista é o eixo que tem mais volume de hospitais”.
Crise e impeachment
Filiado ao PSDB, a grande oposição ao governo petista atual, João acredita que a saída de Dilma Roussef é um fato consumado. O empresário possui, no entanto, uma opinião positiva em relação ao Vice-Presidente, Michel Temer. “Eu acredito que ele terá uma proposta construtiva. E não tem outro caminho. Senão ele será cobrado nas ruas. Ele reconstruirá a economia brasileira”, afirmou.
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