Jornalista Daniel Castro fala sobre censura no R7: “se falasse mal, ficava de castigo”

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2014 14h03
Tati Sisti / Jovem Pan

A história de Daniel Castro com o jornalismo é antiga. Ele começou a carreira em jornais pequenos e, em seguida, passou pela Folha de S. Paulo e pelo Notícias Populares. Em 2009, chegou ao R7, onde ganhou uma coluna fixa sobre entretenimento. Por lá ficou até 2013, quando saiu para abrir o próprio site, o Notícias da TV, em que trabalha atualmente. Nesta quarta-feira (12), ele esteve na bancada do Programa Pânico e contou que, entre outros motivos, decidiu deixar o portal da Rede Record por causa da censura. 

“Se você falasse mal de algum programa da casa, ficava de castigo, sem aparecer na página”, disse, confessando que ele e os companheiros tinham que pensar duas vezes antes de escrever qualquer coisa. “Ainda não cheguei no estágio de perdão”, completou. 

Daniel Castro fala sobre censura no R7: “Se falasse mal, ficava de castigo”Em seguida, Daniel garantiu que essa realidade mudou com o Notícias da TV. Apesar de estar abrigado no Uol, ele não trabalha diretamente com o portal, o que permite com que tenha mais liberdade para produzir conteúdos independentes. “Minha relação com o Uol é de parceria. Não recebo salário dele, não estou preso a isso. Lógico que, se eu quero audiência, tenho que produzir alguma coisa que agrade, que seja de interesse e faça a linha do portal. Mas ele não tem uma linha, tem centenas de parceiros. Por isso, não tive nenhum problema ainda”, explicou.    

O jornalista revelou ainda histórias de bastidores da TV Record. Ele contou que o comando da emissora foi trocado no início deste ano e que os resultados caíram bastante desde então. “O começo de ano foi tumultuado. Teve uma troca de bispos no comando. A primeira medida do Marcelo, o novo, foi trocar de diretores. Trocaram o diretor A do Mion para o diretor B do Faro, coisas assim. Isso criou um clima péssimo e não teve resultado. E ele fez uma mudança catastrófica na grade de programação também. Colocou Pecado Mortal para bater de frente com a nova novela das 21h da Globo, por exemplo. Subestimou a capacidade deles. É um pouco amador”, declarou. 

Por fim, falou sobre os assuntos mais comentados no país nos últimos dias sobre entretenimento, celebridades e televisão. O Big Brother Brasil, como não podia deixar de ser, não ficou de fora da discussão. “É a pior edição de todos os tempos. E olha que gosto de Big Brother. Mas não fui com a cara do elenco. Esse negócio de colocar 20 pessoas foi ‘over’. Depois teve a ‘fase turbo’ que parecia que eles precisavam apenas mandar embora, por que tinha muita gente. Alguns participantes que podiam render saíram, como o cartomante e o Alisson”, disse. “A Mônica Iozzi é a melhor coisa do BBB. Talvez a única que salva”, completou. 

O beijo gay entre os personagens de Mateus Solano e Thiago Fragoso em Amor à Vida, a licença de saúde tirada por Xuxa, a ascensão de Patrícia Abravanel no SBT, a estreia de Rafinha Bastos na Band e a queda do Vídeo-Show e do Encontro com Fátima Bernardes foram outras questões abordadas pelo especialista. Confira a íntegra no áudio.

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