Líder de sindicato dos caminhoneiros diz que acordo de Temer é arapuca: "greve continua"

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2018 14h06
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Johnny Drum/Jovem Pan

A greve dos caminhoneiros ainda não tem previsão para acabar. Em entrevista ao Programa Pânico nesta segunda-feira (28), o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Campinas, Benedito Pantalhão, as medidas informadas por Michel Temer no último domingo não passaram de uma armadilha para silenciar os grevistas e que nenhum acordo foi aceito.

Pantalhão explica que Temer tentou iludir os caminhoneiros com uma medida provisória que diminui o preço do diesel por 60 dias, mas que após isso retornaria ao preço original e ainda com os aumentos. Ele ainda ressalta que certamente surgiria uma lei que proibisse esse tipo de manifestação dos caminhoneiros autônomos.

“Ele (Temer) afirmou que abaixaria R$ 0,49 o preço do diesel, mas após o fim da medida provisória, o combustível voltaria ao preço original e com todos os aumentos, além dessa lei para proibir manifestações. Só jogaram uma arapuca para a gente cair, mas a gente pensa um pouco. Isso não é greve, é uma manifestação e repudio do que estamos vivendo”, disse.

“O Temer precisa de tempo para fazer as traquinagens e tem pessoas que fazem muito bem isso. Nesses 60 dias, a medida provisória vai criar um mecanismo para tornar manifestações um crime contra a sociedade. Vocês sabem que 70% da câmara foi comprada por ele”, ressalta.

O presidente do sindicato acrescenta que essa batalha dos caminhoneiros se tornou também da sociedade brasileira, que paga impostos exorbitantes no combustível. Segundo ele, enquanto não houver uma proposta que seja boa para a categoria, a greve continuará por quanto dias forem preciso.

“Essa batalha agora é do povo brasileiro. Enquanto não tiver um acordo que seja bom para nós e o povo brasileiro, essa greve vai continuar. Parece que eles querem pagar para ver se faremos igual os caminhoneiros do Chile, que ficaram 26 dias em greve”, concluiu.

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