‘Lula não foi inocentado, mas está posando de anjo’, diz Boris Casoy
Em entrevista à Jovem Pan, jornalista lamentou o ‘assassinato à Lava Jato’ e afirmou que não viu a política mudar em seus 85 anos de vida
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 17, o jornalista Boris Casoy analisou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente Lula relacionadas à operação Lava Jato. “De vez em quando a política me dá muita raiva. Muitos políticos se elegem por suas riquezas. Os escolhidos não representam grande parte da população que é pobre, que passa fome. Não temos uma representação que fale por esse pessoal. Não sou esquerdista, acredito que a solução é a liberdade. No entanto, mesmo vivendo em um regime democrático, não temos a liberdade como garantia, o que podemos perceber vendo a maneira como a Lava Jato está sendo assassinada. A operação tem seus defeitos, mas fez muita coisa boa. Agora estão inventando moda. O PT está argumentando que Lula é inocente, mas ele não foi inocentado. Os processos foram anulados por erros processuais, mas Lula está posando de anjo. Outros condenados se aproveitarão da situação para reduzirem suas penas”, disse.
Durante a conversa, Casoy reiterou que, apesar dos seus 85 anos de vida, não percebe muitas mudanças no cenário político brasileiro. “O Brasil precisa modificar muitas coisas na política, como criar o voto distrital ou o voto distrital misto. Somos um dos poucos países do mundo que ainda não têm essa modalidade de votos. Além disso, devemos autorizar urgentemente a candidatura independente, acabar com as verbas para eleição e partidos, extinguir o paternalismo. Está mais do que na hora de fazermos uma reforma tributária que favoreça a maior parte da população afinal, a proposta que está sendo discutida é pior do que a maneira como os tributos já estão postos”, concluiu.
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