“A maconha é o ouro verde”, define o jornalista Arthur Veríssimo
Com um passaporte invejável, Arthur Veríssimo já viajou muito e, em cada lugar, aprendeu algo sobre fé, espiritualidade e costumes culturais. Convidado do Pânico na Rádio desta quarta-feira (6), o jornalista comparou como a questão da maconha é tratada no Brasil em relação aos muitos locais pelo qual passou e cravou que o País precisa mudar a forma como encara a droga.
“A maconha tem três pilares que são negócios fortes. Para uso recreativo, industrial e medicinal”, definiu. “Em 2016, nos Estados Unidos, só a parte recreativa gerou 6 bilhões de dólares. É uma mega indústria que está causando uma série de novas visões políticas no contexto social e o Brasil não pode ficar para trás”, explicou.
Para o jornalista, assim como acontece em alguns estados americanos, está na hora do País rever suas leis sobre a maconha por conta de seu impacto econômico. “A maconha é o ouro verde”, cravou. “Silicon Valley e Google já estão de olho [nesse mercado] comprando propriedades para fazer plantações”, afirmou.
“Vimos a política americana de Bush contra as drogas e hoje a América é a Disneylândia dos maconheiros”, brincou ao indicar que todos os países encontram um caminho.
Passaporte carimbado e experiências de quase morte
Ao longo dos mais de 30 anos viajando o mundo para matérias jornalísticas, Veríssimo passou por inúmeros perrengues que ficaram marcados, como a vez em que comeu escorpião e ficou “todo embolorado”.
No Pânico, o jornalista lembrou de duas vezes em que teve certeza que iria morrer: na floresta amazônica (no Acre) e na Índia.
“No Acre estava fazendo um documentário para a Discovery e o diretor disse que eu ia tomar o veneno do sapo cururu. Era 4h30, tiraram a secreção [do sapo] e colocaram em mim. Primeiro veio uma onda boa, mas em 15 minutos me deu um tsunami de energia e comecei a me transformar, fiquei todo torto e pensei: ‘tô morrendo aqui’”, lembrou.
O outro momento que também impactou Arthur foi durante um conflito armado na região da Caxemira, na Índia. “Estava no centro da cidade. Escutei bombas pra todo lado e cai um míssil. Fiquei traumatizado. Vi cinco corpos totalmente dilacerados e foi realmente um ‘baque’ pra mim”, contou.
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