Madeleine Lacsko critica criação de "inimigo a ser batido" na política
Madeleine Lacsko tem uma vivência enorme no meio político, tendo trabalhado no Supremo Tribunal Federal em Brasília, além de partidos políticos como PSDB e PT. A apresentadora do Radioatividade participou do Pânico desta sexta-feira (21) e criticou a forma como a população vem tratando as diferenças políticas, comparando-os como torcidas de futebol. Ela também não apoia a criação de um inimigo a ser batido na política, fomentando o ódio e abrindo prescedentes para um impeachment no futuro.
Diariamente vemos a guerra entre “coxinhas” e “mortadelas” nas redes sociais e a jornalista não vê com bons olhos esse clima. Para ela, falta muito respeito na hora de expor e aceitar ideias diferentes nas discussões políticas.
“As pessoas querem tratar política como torcida de time de futebol, mas não é. É tudo gente. O cara que faz algo certo hoje pode fazer errado depois ou faz algo errado hoje e no outro dia está fazendo errado”, comentou.
Lacsko acredita que o mundo não vai para frente caso não haja diálogo entre ideologias diferentes, já que sempre acaba terminando em guerras de ideias e às vezes até físicas.
“Se você não dialoga com quem tem ideia diferente de você, o mundo não vai para frente. Martin Luther King, que era pastor, ele diz que ou aprendermos a viver juntos como irmãos ou pereceremos todos. Temos que aprender a lidar com as diferenças um do outro” complementou.
A jornalista não sabe onde todo esse momento conturbado por qual o Brasil passa irá parar. “Se eu soubesse, jogaria na Mega Sena”, brincou. Madeleine diz ser contra eleger um determinada pessoa como inimigo a ser batido na política, pois isso dá margem para um novo processo de impeachment no futuro.
“Não sei onde isso tudo vai parar. Se eu soubesse disso, eu jogava na Mega Sena e nem era mais jornalista. Sou contra sobre eleger uma pessoa como inimigo a ser batido. Assim teremos um novo impeachment no futuro”, concluiu.
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