Marcelo Marrom não vê conflito entre humor e religião: "piada vem antes de levantar bandeira"
Humorista e evagélico, Marcelo Marrom não entra em conflito quando faz piadas que envolvem religião. No Pânico na Rádio desta quarta-feira (30), ele rebateu esse pensamento e explicou o motivo.
“Não entro em conflito porque piada é piada e tem uma intenção que é fazer rir”, defendeu. “Às vezes uma piada conscientiza, mas ela vem antes de querer levantar bandeira. A função é fazer rir”, emendou.
Marrom ainda falou sobre a dificuldade de fazer piadas que sejam aceitas sem nenhuma resistência. “Toda piada é maldita, não tem jeito. Sempre vai ter alguém falando que ela não deveria ser contada”, opinou.
Criado em igreja evangélica, o humorista é conhecido pelos louvores que faz em cultos, mas nega o título de “bom evangélico”. “Não me dêem esse título. Não quero faixa nem bandeira”, falou.
Ao avaliar os demais humoristas, Marcelo Marrom divertiu ao defender que eles precisam de uma dose de realidade. “Eles são deprimidos. Acreditam que somos um sucesso, mas essa glória passa por ordem natural das coisas”, opinou.
E não são só os humoristas que precisam de uma mudança. Os brasileiros também precisam de uma transformação de estado de espírito, motivo que levou Marrom a criar um Workshop, o “Não Durma Antes de Sonhar”.
“É brega falar em motivação e por isso hoje ninguém quer fazer, mas eu fiz com graça e com riso. O brasileiro parou de sonhar. O discurso é que o governo está roubando e o ano já acabou. Não, tá cheio de coisa para realizar, eles têm que alimentar os sonhos antes de dormir”, explicou.
Realizando seus próprios sonhos, como ele mesmo definiu, Marrom estreia seu novo espetáculo: “No Sofá Com Marrom”. A partir deste sábado (2), às 00h, o humorista receberá convidados diferentes no Burlesque Paris 6, em São Paulo.
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