Marco Feliciano defende ministro homossexual no STF
O deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) defendeu, em entrevista ao Pânico nesta segunda-feira (22), a indicação de um ministro homossexual ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar argumentou que a diferença de visões de mundo é fundamental para a democracia, inclusive no STF. Por isso, ele defende a indicação de ministros “terrivelmente evangélicos”, como já disse o presidente Jair Bolsonaro, homossexuais e transexuais. “O que há de mais belo na democracia é a pluralidade de pensamentos. Tinha que ter lá [no STF] um ministro homossexual”, afirmou.
Feliciano ainda explicou o que Bolsonaro quis dizer quando afirmou que indicaria um ministro “terrivelmente evangélico” à Corte. “É um evangélico puro-sangue, que siga o Evangelho de verdade, que não seja alguém que seja evangélico só naquele momento”, disse. “Eu seria além do terrivelmente evangélico”, continuou.
Para o deputado, um ministro evangélico defenderias as pautas conservadores. “Ele tem os ministros cristãos, os princípios que nós não vemos hoje no Supremo Tribunal Federal. Nós não temos um ministro conservador lá. Há quem diga que o Gilmar Mendes é conservador, mas não sei onde”, ironizou.
Ainda falando sobre a população LGBTQ e o STF, Marco Feliciano contou que está trabalhando com outros deputados para apresentar um projeto de criminalização da homofobia que substitua o que foi aprovado pela Corte em junho. “Nem o próprio movimento LGBT aceitou a forma como foi catagolada a questão da homofobia”, disse. Ele afirmou que está fazendo a nova proposta com os deputados David Miranda (PSOL-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS).
Militares no governo
Aliado de Bolsonaro, Feliciano chamou a atenção nos últimos meses por criticas generais que integram o governo. Entre os alvos, estiveram o porta-voz, Otávio Rêgo Barros, e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
O parlamentar defendeu que os generais devem esquecer a hierarquia do exército e respeitar Bolsonaro, que tem uma patente militar menor que a deles. “Os generais têm que entender que o palácio não é uma caserna. Eles esquecem que o soberano da nação é o Jair Bolsonaro”, disse.
Marco Feliciano também lembrou de que entrou com um pedido de impeachment contra Mourão e que isso fez com que o vice-presidente saísse do foco. “Esse tiro que eu dei não foi no peito do mourão, foi um tiro pra cima, de alerta”, explicou.
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