Marcos do Val diz que CPMI do 8 de Janeiro ‘vai desmascarar’ Flávio Dino: ‘Chantageou o PT para virar ministro’
Em entrevista ao Pânico, parlamentar afirmou que documentações comprovam que o governo federal se omitiu na invasão ao Congresso, ao STF e ao Palácio do Planalto
Nesta quarta-feira, 3, o programa Pânico recebeu o senador Marcos do Val. Em entrevista, ele falou sobre suas expectativas para a CPMI do 8 de Janeiro e a apuração sobre os envolvidos nas invasões à Praça dos Três Poderes. “Quando houve a invasão em si, quem quebrou foram os extremistas. Os bolsonaristas entraram com a roupa verde e amarela filmando, lacrando, botando na rede social e tal. A direita conservadora, idosos e velhinhos, ficaram lá fora. Quando vem a polícia de choque, ela pega todo mundo”, disse. “Você vê o ministro dizendo logo em seguida que ele estava na janela vendo tudo. Ele já poderia ter acionado as forças de segurança para agir. Isso foi por volta de 15h, ficaram quebrando até as 17h. Eu não acredito que ele [Flávio Dino] seja preso, mas a CPMI vai desmascarar e mostrar para a sociedade quem de fato é”, acrescentou.
Marcos do Val fez críticas a Flávio Dino e questionou o passado do ex-governador do Maranhão. “Ele entrou pressionando o PT para assumir essa vaga de ministro da Justiça porque ele responde processo de corrupção no Consórcio Nordeste. Ele tem um irmão vice-procurador da Lava Jato. Ele chantageou o PT. A informação que eu tive dos bastidores é que de fato ele reestruturou as equipes que investigam corrupção”, afirmou. Segundo o parlamentar, antes do dia 8 de Janeiro a Abin já havia encaminhado diversas informações detalhadas sobre a procedência dos atos que aconteceriam naquele final de semana. “A Abin tem a obrigação de reportar o GSI. Desde o dia 2 o Gonçalves Dias tinha a informação de que no dia 8 de janeiro haveria um protesto com a intenção de invasão dos Três Poderes. A aeronave principal fica de pronto emprego para qualquer emergência de saúde do presidente a invasão do país. Onde estava e o que estava fazendo Lula em Araraquara? (…) Em toda a documentação que tive acesso, que vai se tornar pública, não há citação a Bolsonaro. Absolutamente nada”, concluiu.
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