MC Bin Laden irá iniciar carreira internacional e com funk mais “light”

  • Por Jovem Pan
  • 27/03/2018 13h30
Jovem Pan

MC Bin Laden ganhou notoriedade nacional após o lançamento do hit “Tá Tranquilo, Tá Favorável” em 2015 e desde então vem buscando crescer ainda mais como músico. Com a crescente expansão do funk, o paulistano da Vila Progresso revelou ao Pânico desta terça-feira (27) que irá focar na carreira internacional em 2018.

Além disso, o funkeiro afirmou estar buscando novos caminhos para a sua carreira, tomando exemplos como Anitta e Nego do Borel, que apostaram numa pegada mais voltada ao pop para expandir seus horizontes.

“Eu cantava para três pessoas na favela e hoje meu plano de carreira de 2018 em diante é internacional. Vamos soltar um clipe agora dia 31 com os principais DJ de Portugal e Itália. Nos EUA só faltam o visto, quando liberarem, se Deus quiser, me apresentarei por lá”, contou.

Por conta de seu nome artístico, o cantor teve o seu visto norte-americano negado por três vezes. Com suas músicas sendo vistas por famosos DJ’s como Diplo e Skrillex, Bin Laden vê uma boa oportunidade de fazer sucesso nos Estados Unidos.

“Já nos barraram por três vezes nos Estados Unidos. Quanto mais pedidos de shows, melhor. Uma hora vai acontecer. Contratamos uma empresa para liberar o visto. Bateram cabeça o consulado daqui com o de fora. Estamos manobrando, uma hora vai acontecer”, disse. “Começou a tocar há algum tempo, com o ‘Bololo Haha’. O Diplo e o Skrillex começaram a tocar e eu não tinha noção. Levaram as minhas músicas para a Europa também”, completa.

“Funk é muito maior do que baixaria”

MC Bin Laden deixou de lado as letras mais pesadas, em que mulheres eram denegridas e que vinham com uma grande quantidade de apologia às drogas. O cantor vê uma chance de expandir a sua carreira internacional em não envolver “baixaria” na composição.

“Um funk falando de alopradas legais, sem denegrir a imagem da mulher ou fazer apologia às drogas. O funk é muito tirado. Eu cantava música de drogas, de dar, fuga. Eu mudei porque a gente tem muita influência sobre as crianças, eles pegam nossas frases e falam para a mãe em casa. A gente está trabalhando para fazer a carreira internacional, temos que pensar em expandir. O funk é muito maior do que baixaria”, afirmou.

O jovem de 23 anos garante que a mudança aconteceu depois que começou a dar mais valor para a sua mãe e enxergou a influência que tem sobre muito jovens com sua música.

“Eu não acho música que fala de droga legal. Cada um que tem vontade de usar, casa um tem sua opinião, mas não precisamos incentivar. Tem muita música que denigre a imagem da mulher. Melhorei ao dar mais valor para a minha mãe, para as crianças que nos ouvem. Antigamente eu era um moleque que não estava ligando para as minhas atitudes, hoje sou homem e mudei”, concluiu.

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