“Mulher não precisa obedecer”, diz Suely Franco sobre felicidade nos relacionamentos

Bruna Piva/Jovem Pan <p>Suely Franco e Ellen Roche participam do Pânico</p>

Em cartaz com a peça “Loucas por Eles”, as atrizes Ellen Rocche e Suely Franco ainda dividem palco com Vera Mancini, Cynthia Falabella e Fafá Rennó e, para fechar a semana do Pânico, falaram no programa sobre desde relacionamentos como a fase da televisão no Brasil e preconceitos sofridos pelas atrizes. Suely Franco, por exemplo, elogiou a colega de elenco e deixou claro que ser bonita não exclui ter outras qualidades: “Ela é bonita e tem o talento de representar”.

Na peça, as cinco atrizes representam mulheres que cada uma tem sua loucura em relação a um homem, uma pelo pai, outra pelo marido, pelo amante e por aí vai. Presas na sala de embarque de um aeroporto, fechado por causa de uma tempestade, elas acabam conversando e dividindo suas histórias, como em uma terapia de grupo.

Sobre sua carreira de atriz, Ellen Rocche falou sobre seus papeis na televisão, que valorizam a sua beleza física. “Por enquanto não tem como fugir desse papel”, disse. “Porque existe um estereótipo, principalmente na televisão. Nessa peço eu fujo disso, não é uma amante que é aquele furacão, é uma mulher com sentimentos que mostra essa humanidade”, comentou a atriz.

Entretanto, ela disse que não se aborrece com os papéis cujo foco é sua beleza e, inclusive, leva essa questão com muito bom humor. “Se continuarem me chamando para fazer a gostosa é porque eu estou”. “Outro dia eu fui para o hospital porque estava passando mal, aí tiraram um exame de raios-X do pulmão. Eu ouvi as enfermeiras falando e pensei ‘vou morrer’. Quando eu vejo, elas falam ‘filha da mãe, tem todas as costelas! ’”, lembrou ainda a atriz.

E Suely ainda elogiou a interpretação de Ellen Rocche: “a Ellen está nesse papel maravilhosa. Ela mostra todas as gamas de tristeza, alegria, raiva. mostra nessa peça tudo o que ela pode fazer, é uma grande atriz”, elogiou. “Todas as atrizes estão maravilhosas nessa peça. Todas fazem um volume muito gostoso para a plateia, que participa com a gente e se envolve”.

Ainda sobre a carreira na televisão, a atriz reconheceu que a Rede Globo não está nos seus melhores momentos, mas que pode recuperar audiência de sua fase áurea. “Na vida inteira tem ascensão e queda. De todos os países e todas as coisas. Tem uma hora que cai, isso é normal. Tem umas que quando vão caindo conseguem se levantar. A gente está torcendo para a Globo conseguir se levantar, porque a gente adora esse trabalho que a gente faz”.

Aos 76 anos, a atriz ainda disse que não existe receita para o relacionamento perfeito, independentemente de qual seja. “Eu fui fazer uma peça chamada ‘Amanhã Amélia, de Manhã’ e cada vez que eu escutava alguém falar sobre o personagem eu pensava ‘meu deus, eu sou assim’, aí acabou meu casamento. Porque eu percebi que fazia isso porque tinham me ensinado, aí eu parei para fazer o que eu gosto”, lembrou. “Mulher não precisa obedecer”.