"Não se aprende cozinha cozinhando, se aprende comendo", diz chef Guga Rocha
Com o livro Receitas Para Pegar Mulher, o renomado chef Guga Rocha foi o convidado do Programa Pânico desta quarta-feira (17), e contou sobre sua experiência na cozinha.
Segundo ele, a ideia de lançar esse livro surgiu quando alguns amigos perguntavam receitas para conquistar garotas. “Não faz comida chique porque ela vai aos restaurantes caros, faz a comida da vovó”, ele aconselhava. “Quando eu vi, já tinha várias receitas e várias histórias. Daí lancei esse manual prático”.
O livro é dividido em diversos estereótipos para poder conquistar a garota certa. “A dica que eu dou para todos os rapazes é: conheça a moça que você quer conquistar”.
Apesar do sucesso, a cozinha está presente na vida de Guga desde a infância, quando começou a cozinhar com a sua avó. “Minha avó era chef de cozinha então desde os oito anos eu estava com ela e era obrigado a cozinhar e ajudar”. Ele diz que odiava e, aos 16 anos, largou tudo e montou uma banda de rock.
Guga revelou que ele e sua banda perderam tudo ao cair no golpe de Marcelo Nascimento da Rocha, o mesmo que dizia ser o filho do vice-presidente da Gol e inspirou o filme VIPs, de Wagner Moura. “A gente estava gravando um CD e esse cara apareceu e falou que era produtor do Paralamas. Vendemos os aparelhos, demos a grana para o cara”.
Após perder tudo no golpe, o chef e sua banda foram tentar conseguir algum dinheiro em São Paulo. “Saímos na estrada, demoramos 3 meses e meio para chegar em São Paulo”. Ao chegar, ele pediu emprego em um restaurante e começou a se dedicar exclusivamente para o restaurante.
“Viajei para mais de 25 países para conhecer a cozinha do povo. A gastronomia sempre foi o centro das atenções”. Segundo ele, a culinária está tão em alta no momento por ser “a última ligação do homem com a natureza”.
Apesar de não ter um restaurante próprio, Guga acredita que o bacana é fazer uma culinária acessível. “Hoje se vende uma parada muito nariz em pé. A minha parada eu quero que seja acessível, que todo mundo possa ter essa experiência. Na verdade eu acho que a cozinha vem de berço, mas eu acho que todo mundo pode cozinhar, até porque tem gente que se acha grande chef de cozinha e não cozinha nada”.
Seu projeto futuro é fazer um livro sobre sua pesquisa sobre os quilombos no Brasil. “Eu aprendi muito mais no quilombo do Brasil do que em um restaurante. Não se aprende cozinhar cozinhando, se aprende cozinha comendo. Quanto mais comida você comer, mais você aprende”, concluiu.
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