"Não se faz Reforma Educacional por meio de Medida Provisória", analisa Gabriel Chalita

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2016 14h17
Johnny Drum/Jovem Pan <p>Gabriel Chalita analisou a política e educação do País em participação do Pânico</p>

Gabriel Chalita, além da vida política, é membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Educação. Foi secretário de Educação do Estado de São Paulo e dedica sua vida para esse assunto. Em participação no Pânico desta sexta-feira (07), o jurista acredita que, para uma educação de qualidade, o segredo “é começar na base”.

Com esse raciocínio, Chalita criticou a reforma educacional proposta pela medida provisória de Michel Temer. Para Gabriel, o aluno ficar tempo integral na escola é uma ótima solução. Contudo, essa manobra deveria começar não no Ensino Médio, mas sim no Fundamental.

“Na minha visão teria que demorar seis anos, para que Brasil tivesse tempo integral nos primeiros anos, para depois aplicar no Ensino Médio”, analisou.

A falta de obrigatoriedade em disciplinas como Artes e Educação Física é um erro, sob o ponto de vista dele. “Não se ensina Português só por meio de Português. Você ensina através do teatro, música, filosofia. O trabalho de criatividade é algo fantástico”, disse.

Mais que isso, “não se faz uma reforma por medida provisória. Se constrói com os professores. Você tem que respeitar quem está na sala de aula. Você precisa envolver o professor”.

João Doria

Apesar da velha conhecida polarização política que vivemos, a eleição de João Doria como prefeito de São Paulo a partir de 2017 não abalou Chalita.

Atual vice-prefeito de Haddad, Gabriel tem uma visão mais ampla da cidade de São Paulo. “Eu torço por ele e você tem que ter maturidade. O tempo vai mostrar a grande gestão que o Haddad fez. Mas hoje está muito contaminado, virou uma guerra de lados. O PT errou muito, mas o PSDB também. Crucificar um partido só é incorreto”, analisou.

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