“Não vou ser ditador”, diz Jair Bolsonaro se for eleito presidente em 2018
Jair Bolsonaro está dando os primeiros passos em sua futura campanha presidencial para 2018. O deputado esteve no Pânico na Rádio nesta sexta-feira (16), onde falou sobre a possibilidade de ser eleito e como governaria o país.
“Eu não vou ser ditador”, garantiu ao ser questionado sobre possíveis alianças com diferentes partidos ao assumir a presidência. “O povo tem que entender a regra do jogo. Se alguém é urgente para compor a Câmara e o Senado eu vou ter que negociar com esses caras. Por isso quem for votar em mim que vote em senadores que tenham perfil semelhante ao meu”, falou.
Sobre as suas propostas durante a campanha, Bolsonaro defendeu que não irá descumprir o que prometer. “Cumprir com a palavra não é uma obsessão, mas uma missão”, falou.
Para o deputado, a Reforma da Previdência proposta por Michel Temer não vai para frente. “Não sou favorável. Essa proposta é muito draconiana. Está indo com muita sede ao pote”, disse ao explicar qual seria a sua proposta. “Eu aumentaria em um ano a idade de homens e mulheres para a aposentadoria e o presidente futuro aumentaria mais um”, falou.
Questionado sobre questões LGBTs, Bolsonaro voltou a refutar a possibilidade de aulas e seminários sobre sexualidade em escolas: “não pode fazer isso, essa idade não serve para ser doutrinado”. “A cartilha gay tinha filmes em que o objetivo era esculhambar a família. Pai prefere ver o filho com a perna quebrada por jogar futebol do que brincando com boneca por causa da escola”, defendeu.
Quanto à parada gay, ele afirmou que não veria problema caso o evento não fosse financiado com dinheiro público. “Que não seja com o dinheiro público. Sem problema nenhum, que faça”, falou.
Bolsonaro atribuiu sua legião de seguidores jovens à suas opiniões diretas que não se alteram. “Mantenho a minha linha desde que cheguei na Câmara em 1991. Nunca deixei de dizer as partes boas do período militar”, falou.
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