Líderes do Nas Ruas dizem que manifestação de 15 de março não é contra o Congresso

Os líderes do Nas Ruas, Tomé Abduch e Marcos Bellizia, foram os convidados do Pânico nesta sexta-feira (6)

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2020 14h12 - Atualizado em 06/03/2020 16h43
Jovem Pan Os líderes do Nas Ruas, Tomé Abduch e Marcos Bellizia, foram os convidados do Pânico nesta sexta-feira (6)

Os líderes do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch e Marcos Bellizia, afirmaram, em entrevista ao Pânico nesta sexta-feira (6), que a manifestação convocada para o dia 15 de março não é contra o Congresso, mas a favor do governo.

“Temos respeito pelas instituições, mas não por muitas das pessoas que estão lá dentro que amarram o crescimento”, disse Abduch. A dupla afirmou que a manifestação não é pelo presidente Jair Bolsonaro, mas pelo governo. “Apoio ao governo, ao Bolsonaro, Paulo Guedes, [Sergio] Moro, Tarcísio [Gomes de Freitas], toda aquela equipe montada que está governando nosso país”, afirmou.

Eles defenderam que a manifestação vai pedir as aprovações das reformas administrativa e tributária. “As reformas foram propostas e têm que ser votadas. Há uma guerra dentro do congresso nacional das pessoas que não querem que o governo vá bem”, denunciou Abduch.

Os líderes do movimento afirmaram que os deputados e senadores estão “apavorados” porque “Bolsonaro tirou o dinheiro deles”. “O presidente da Câmara [Rodrigo Maia] não está fazendo favor para o Brasil em aprovar nada”, disse Bellizia.

Segundo o Nas Ruas, a expectativa é de que até 1 milhão de pessoas participem da manifestação em São Paulo, na Avenida Paulista. “No dia 16, a esquerda vai chorar”, previu Marcos Bellizia.

Caneladas

Ainda na entrevista, Tomé Abduch e Marcos Bellizia falaram sobre as caneladas de Bolsonaro. Para Abduch, o presidente faz mais coisas certas que erradas. “As qualidades são muito superiores aos defeitos”, disse o empresário, reconhecendo que “Bolsonaro fala um monte de besteiras”.

“Temos que parar de olhar para as besteiras que ele fala. Ninguém é perfeito, ele pode pecar na forma de se comunicar, mas ele colocou pessoas que querem acertar [no governo]”, continuou Abduch. “Prefiro um cara que faça piada, mas não me roube”, corroborou Bellizia.

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