“Ninguém nasce bruxo, você escolhe a bruxaria”, diz Claudiney Prieto
Com diversos livros escritos, Claudiney Prieto foi o pioneiro e rapidamente se tornou referência na literatura sobre Wicca no Brasil, um nome moderno para a bruxaria.
“Ao contrário do que as pessoas pensam não é voltada para o mal ou coisas assim. Ainda causa um pouco de espanto nas pessoas, por ser uma religião diferente. Tem muito estereótipo negativo, mas isso vem da época da inquisição, quando a igreja demoniza a imagem da mulher. A inquisição foi um conjunto de várias perseguições, inclusive à medicina”, explicou, em entrevista ao Pânico nesta quinta-feira (29).
Adepto desde 1993, ele explicou que a religião não veio como uma coisa natural, já que há muito preconceito, mas que foi fruto de pesquisas e principalmente de uma escolha que ele fez em sua vida.
“Ninguém nasce bruxo, você escolhe a bruxaria, aí aprende e se inicia. É uma religião, então a primeira coisa que a pessoa alcança é a realização do eu. A feitiçaria é o ‘conjunto operacional’ da bruxaria, é a parte mágica, que visa transformar as realidades. Nós trabalhamos magias com símbolos que expressam os elementos da natureza”, contou.
Sobre os efeitos da rotina acelerada em que hoje vive o mundo e das inúmeras doenças, o autor acredita que se deva ao afastamento do que é ‘divino’, como os bruxos classificam.
“A cura dos males está em nossa conexão com a natureza. Nossos ancestrais não tinham estes problemas modernos de hoje em dia. As pessoas se distanciaram de coisas muito simples, não se olha mais para o céu, por exemplo”.
Dia das Bruxas
No próximo dia 31 é comemorado o Dia das Bruxas aqui no Brasil ou, mais tradicionalmente, o Halloween nos Estados Unidos. No entanto, Claudiney revela que a tradição é muito mais antiga do que se pensa.
“Na realidade não é americana, a origem é celta, como uma antiga forma de celebração aos ancestrais. Acredita-se que os véus que se separaram os deuses do mundo, se levantam nestes dias, e cada um pode ir para o lado do outro. O que acontece é que nem sempre quem vem, traz coisas boas, às vezes trazem travessuras, daí o costume das crianças passarem nas casas, simbolizando isso”.
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