“Nossa amizade sempre foi o que segurou tudo”, diz Pe Lanza, ex-Restart

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2015 14h10
Mayra Chibante / Jovem Pan <p>Cantor esteve nos estúdios do programa nesta terça-feira (8)</p>

Aos apenas 16 anos, Pe Lanza já estava no auge com o Restart, banda formada por ele e mais três amigos Pelu, Thomas e Koba. Marcada pelo estilo despojado, os adolescentes chegaram a fazer 23 shows por mês.

“Vivi uma parada incrível da minha vida, acho que nunca mais vai ter algo igual. Pode ser uma coisa maior, menor, mas aquela histeria que a gente tinha com as meninas e esse lance todo, acho que só acontece uma vez mesmo”, contou Pe Lanza em entrevista ao Pânico nesta terça-feira (8).

Fazendo um estilo de música mais romântica misturada com rock, os adolescentes foram muito criticados e o cantor relembrou que nem sempre era fácil se esquivar dos comentários negativos.

“A gente tinha que se policiar muito, o lance das roupas coloridas ou se alguém me visse na praia tomando cerveja, por exemplo, era um caos, porque nós tínhamos muitos adolescentes no público. Para você pirar é muito fácil e eu lembro que eu pirava com umas coisas ridículas, principalmente com a internet, quando alguém falava uma besteira para mim. Me faltou maturidade, eu não sabia lidar”.

Muito por conta disso, após sete anos de carreira, os músicos resolveram dar um tempo na banda, para que cada um pudesse trilhar seu caminho.

“Não foi o fato de recebermos as críticas, mas de convivermos com elas, como há tantos anos e a gente vinha levando muita porrada. A amizade sempre segurou tudo e somos amigos até hoje. Então decidimos ir cada um para um canto e amadurecer de outras maneiras, estudar, viajar, acho que isso é essencial para quem tem uma sociedade, uma banda. Demos um tempo até para não cairmos em um marasmo, em uma mesmice. A gente escreveu uma puta história legal na nossa adolescência, vivemos um sonho”.

Trabalho

Em meados de agosto, o cantor resolveu se aventurar em um novo estilo, tanto musical quando no visual, e lançou um EP com três singles de trabalho.

“Tiveram quase nove meses desde o termino da banda até o momento em que eu lancei o meu EP, por um lance muito experimental. Eu queria lançar uma parada nova, que fosse completamente diferente do conceito que era feito o Restart. Com internet, todo mundo consome as coisas muito rápido”, contou.

Questionado se ele já havia pensado em trocar de profissão ou sair completamente dos holofotes levando uma vida normal, Pe Lanza é enfático:

“Agora eu estou muito seguro comigo mesmo e do meu trabalho, do que eu quero e de onde eu quero chegar, mas já passou pela minha cabeça em fazer uma faculdade e ter uma vida normal, mas eu vivo isso desde a adolescência. Decidi continuar para tentar mostrar uma nova vertente. Eu não sei, acho que vou ficar na música para sempre, se não for como cantor, como produtor, algo assim”, completou.

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