“O aluno tem que admirar o professor”, diz Gabriel Chalita sobre educação

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2015 14h16
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Bruna Piva / Jovem Pan <p>Professor esteve nos estúdios do Pânico nesta quinta-feira (15)</p>

Nesta quinta-feira (15), Dia dos Professores, o convidado especial do Pânico foi Gabriel Chalita. Graduado em direito, filosofia, mestre em ciências sociais e doutor em comunicação, semiótica e direito pela PUC-SP, seu interesse pela educação começou ainda muito cedo, aos 11 anos.

“Eu virei escritor por causa de um asilo, onde eu fazia um trabalho voluntário com a minha mãe, passei a minha infância lá. Ficava conversando com uma senhora que ninguém tinha paciência passei a ler os livros que ela me emprestava. Um dia ela falou: ‘porque que você não escreve? Você lê tão bonito’. Então a base disso tudo foi uma professora aposentada”.

Atualmente como Secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo, ele é positivo em relação ao momento do Brasil e aposta em caminhos alternativos para conquistar os alunos em sala de aula.

“Temos que pensar em formar pessoas, em cidadãos, fazer com que os alunos tenham vontade de aprender. Não é negligenciar o conteúdo, mas você tem que estabelecer vínculos, o aluno tem que te admirar. E hoje dar uma aula é muito mais difícil, porque eles estão acostumados com uma linguagem muito rápida”.

Sobre a distância que ainda existe entre os ensinos públicos e particulares, ele acredita que a grande questão são as oportunidades e que tem que se investir e estimular cada vez mais.

“Decoreba não tem mais muito sentido, se o aluno não aprender a concretude daquilo que ele está aprendendo, ele vai esquecer. Quando ele começa a perceber que aquilo faz sentido para o seu dia a dia, muda. É problematização, você tem que dar um problema para ele resolver”, defende.

Espetáculo

Estreou no início deste mês a peça “O Semeador”, escrita por Chalita e que é estrelada pelos atores Genézio de Barros e Thiago Mendonça.

Em cartaz até o dia 20 de dezembro, no Teatro Nair Belo, o enredo aborda sobre a educação e expõe um conflito de gerações entre um ex-aluno e seu professor.

“É a história de um professor que perde o filho. É uma homenagem para os professores, mas é uma peça também sobre solidão, sobre quem você gostaria de receber a visita em uma noite de Natal. E os dois atores são incríveis, tem uma carga dramática incrível. A peça realmente ficou muito bonita”, completa.

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